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Mundo Líderes árabes e muçulmanos pedem cessar-fogo em Gaza e criticam Ocidente

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Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou que as autoridades se reuniram no evento realizado na Arábia Saudita para "salvar os palestinos"

Foto: Reprodução
Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou que as autoridades se reuniram no evento realizado na Arábia Saudita para "salvar os palestinos"

Os líderes da Cúpula Extraordinária Conjunta Árabe-Islâmica reiteraram, neste sábado (11), os apelos por um cessar-fogo entre Israel e Hamas à medida que a situação humanitária em Gaza piora.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, que está no encontro realizado em Riad, capital da Arábia Saudita, disse que os participantes se reuniram em nome do mundo islâmico para “salvar os palestinos”. Entretanto, o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, afirmou rejeitar “categoricamente esta guerra brutal”.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que os Estados Unidos, “que têm a maior influência sobre Israel, são responsáveis ​​pela ausência de uma solução política”. “Exigimos que ponham fim à agressão israelense e à ocupação das nossas terras”, declarou Abbas.

Ele apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para “pôr imediatamente fim à brutal agressão israelense aos palestinos” e repetiu a necessidade de garantir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. “A minha mente não consegue acreditar que isto esteja a acontecer sob os olhos e ouvidos do mundo, sem pedir a suspensão imediata desta guerra brutal”, acrescentou.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pontuou que “o mundo permanecer em silêncio face a esta brutalidade envergonha a todos”. O presidente turco disse que Israel está tentando vingar-se dos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro, acrescentando que, embora ninguém apoie o que aconteceu naquele dia, não é uma desculpa para Israel matar civis.

“As palavras tornaram-se insuficientes para descrever o que está acontecendo em Gaza e Ramallah desde 7 de outubro”, disse Erdogan, apontando que Israel ataca civis, hospitais, ambulâncias e locais de culto de uma “forma brutal e bárbara sem paralelo na história”.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, criticou os acordos de normalização entre os países árabes e Israel, dizendo que a política faz mais mal do que bem. Assad afirmou que o que está ocorrendo em Gaza não deve ser tratado isoladamente, mas sim visto como uma “manifestação” da causa palestina e uma “expressão flagrante do sofrimento” dos palestinos.

“Se continuarmos a lidar com a agressão contra Gaza hoje com a mesma metodologia, então abriremos o caminho para a conclusão do massacre e a morte da causa.”

O emir do Qatar, xeique Tamim bin Hamad Al Thani, criticou a comunidade internacional por não conseguir “impedir os crimes de guerra e os massacres” em Gaza.

O emir declarou ainda que o Catar continua apoiando todos os esforços diplomáticos regionais e internacionais para “desescalar, conter o derramamento de sangue e proteger os civis, incluindo esforços contínuos na mediação humanitária para libertar reféns”, acrescentando que “esperamos alcançar uma trégua humanitária no próximo futuro.”

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