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Rio Grande do Sul Em Rio Grande, médico é indiciado por importunação sexual de paciente em posto de saúde

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Clínico-geral permanece preso há mais de uma semana, após denúncia de vítima. (Foto: EBC)

Preso preventivamente há mais de uma semana por importunação sexual de pacientes em posto de saúde na cidade de Rio Grande (Litoral Sul), um médico de 63 anos foi indiciado pela Polícia Civil. O inquérito já chegou ao Ministério Público gaúcho, que poderá apresentar denúncia à Justiça, tornando o investigado em réu.

A prisão foi deflagrada após incidente registrado no dia 6 em uma unidade municipal de pronto atendimento na Praia do Cassino, da qual o investigado acabou sofrendo desligamento como clínico-geral. Em entrevista à imprensa nesta semana, a delegada responsável pelo caso, Alexandra Sosa, forneceu alguns detalhes:

“Sentado em sua cadeira ao atender uma mulher, o médico a virou de costas e a colocou entre suas pernas, com blusa e sutiã levantados, sob o argumento de auscultar os pulmões, mas com o seu corpo encostado na paciente”.

A vítima do abuso, sentindo-se violada mas saber como reagir no momento, contou a enfermeiras do posto o que havia ocorrido. Elas então telefonaram para a Polícia Civil, que enviou equipe ao local.

Além do relato da paciente, foram ouvidas funcionárias que mencionaram queixas anteriores contra o clínico-geral, que acabou preso em flagrante. Ele permaneceu em silêncio na delegacia e depois foi transferido à Penitenciária Estadual de Rio Grande, onde permanece até agora. Os outros casos supostamente protagonizados pelo médico também são algo de investigação.

“Conduta reiterada”

No dia seguinte, a pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito. Conforme o promotor Marcelo Thormann, “a conduta praticada é inadmissível por parte de um profissional da saúde, agravada por ter sido praticada durante a prestação de um serviço essencial”.

A solicitação da medida levou em considerou a tomada de depoimentos indicando que a conduta do médico seria reiterada. Isso porque outras pacientes acabaram criando coragem para apresentar o mesmo tipo de queixa contra ele.

“Assim, como garantia da ordem pública e para evitar a reiteração da conduta delitiva, o pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul foi acolhido pela juíza plantonista Denise Dias Freire”, diz o texto divulgado pelo órgão.

(Marcello Campos)

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