Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 17 de novembro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Não se sabe exatamente o que Lula faz fora das aparições midiáticas, mas, a 45 dias de encerrar o primeiro ano do terceiro mandato, o numeroso ministério não consegue agendar despachos privados com o presidente. Apenas cinco foram mais recebidos nos 320 dias de governo: Flávio Dino (Justiça), 11; Rui Costa (Casa Civil), 12; Haddad (Fazenda), 15; Alexandre Padilha (Relações Institucionais), 15; e Mauro Vieira (Relações Exteriores), turbinado pelo conflito em Gaza, 16.
Me erra
Com mais de dois meses no cargo, Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) está invicto: nunca conseguiu despachar com Lula.
Esquecido
Márcio França não viu nem a sombra do chefe desde que foi rebaixado para comandar a pasta de Micro e Pequena Empresa.
Oi, tchau!
A deslumbrada Anielle Franco (Igualdade Racial) e outros cinco, após muito esforço, conseguiram ver o chefe. Mas só uma vez.
Pauta secundária
Com onda de calor, seca no Norte e inundações no Sul, Lula não vê necessidade de receber Marina Silva (Meio Ambiente): só duas vezes.
Gonet na PGR mostra a força de Gilmar e do STF
A escolha do subprocurador Paulo Gonet para chefiar a Procuradoria Geral da República (PGR) mostra força política do ministro Gilmar Mendes, que o indicou, e o desejo do presidente Lula (PT) de manter relações muito próximas com a corte que o descondenou, viabilizando sua candidatura. Gonet foi reforçado pelo apoio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde atuou como procurador geral eleitoral na corte que exerceu papel fundamental na derrota de Jair Bolsonaro, em 2022.
Onipresença
Jurista admirado, Gonet é co-autor de livro com Gilmar, ensina no IDP do ministro e atua no mesmo escritório de advocacia de sua esposa.
Gonet é o cara
Candidatos à PGR, como o subprocurador Luiz Augusto dos Santos, que Lula preferia, já foram informados de que Gonet é o cara.
Sonho bolivariano
Lula quer mais: atenderá sempre ao STF esperando viver o sonho de uma corte bolivariana, como na Venezuela, braço auxiliar da ditadura.
Brasil chupando dedo
A incompetência do chanceler Mauro Vieira ficou patente nesta quinta (16) com a resolução sugerida pela “potência mundial” Malta, no conselho de segurança da ONU, sobre o conflito em Gaza. O Brasil fracassou, mesmo presidindo o conselho por um mês. Que vexame.
Hábitos perigosos
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também foi bloqueado nas redes por Flávio Dino (Justiça). O ministro não quer fiscalização, “como acontece nas ditaduras que ele e seu chefe Lula idolatram”, diz.
Xô, companheirada
Entre os momentos “virais” da visita do presidente chinês Xi Jinping aos EUA, não repercutiu na imprensa por aqui o vídeo dos gritos da assessoria de Joe Biden para jornalistas deixarem a sala de reunião.
Mais impeachment
O tapete vermelho para a dama do tráfico rendeu mais um pedido de impeachment de Flávio Dino: Julia Zanatta (PL-SC) diz que o ministro da Justiça “não possui requisitos mínimos” para exercer o cargo.
Ranking da transparência
O Radar da Transparência coloca nos melhores índices do país as assembleias legislativas do Pará (82,84%), Rondônia (79,24%) e Distrito Federal (75,76%). No fim da lista, Bahia, Roraima e Amapá.
Ramo em extinção
A Livraria Galileu da rua do Catete, nº 347, no Rio, fechará as portas em razão das dificuldades do setor e da idade avançada do proprietário (e herói da resistência), de 93 anos.
Esvaziou, acabou
Sem previsão de ouvir mais ninguém, a Câmara Legislativa do DF marcou para o dia 29 deste mês a leitura e votação do relatório da CPI que apura os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro.
Bermudão liberado
O calorão que maltrata o país mudou o dress code do funcionalismo da cidade do Rio de Janeiro. A prefeitura liberou o uso de bermudas na altura do joelho para servidores municipais. Vale até 31 de março.
Pensando bem…
…é como dizem, cada um tem a meta que merece.
PODER SEM PUDOR
Cupim no baralho
Figuraça folclórica em Florianópolis, onde virou nome de rua, o ex-assessor da Assembleia catarinense Alcides Ferreira era coletor de impostos em Indaial quando, endividado na jogatina, apostou com um juiz os móveis da coletoria e perdeu. Respondeu por telegrama ao então governador Udo Deeke, que o interpelara furioso sobre o sumiço dos móveis: “Exmo sr. Governador. Móveis coletoria cupim comeu. Alcides Ferreira, coletor.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto