Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2023
“Acho que temos que fazer a coisa certa para nossa vida dar certo”, disse Lealdo
Foto: DivulgaçãoUm empresário de Santos, no litoral de São Paulo, recebeu um Pix de R$ 690 mil por engano. Lealdo dos Santos Souza, de 38 anos, contou que, inicialmente, achou se tratar de um golpe, mas, ao perceber que a transferência havia sido feita por engano, não pensou duas vezes em devolver a bolada.
Ele descobriu que o dinheiro seria usado para a compra de um apartamento. “Na hora [do Pix], fiquei desesperado. Na minha cabeça, a primeira coisa que eu pensei era que fosse algum golpe, que os caras jogaram na minha conta por engano e depois iam vir me procurar”, afirmou o empresário, que atua no ramo de ar-condicionado automotivo.
Lealdo chegou, inclusive, a pensar que fosse o valor do resgate de algum sequestro. “Imaginei várias coisas”, relatou o homem, que aguardou 24 horas antes de procurar a agência do banco de origem do dinheiro.
Nesse período, o empresário recebeu “muitos conselhos” orientando a ficar com a bolada. “Só que minha cabeça e meu coração falaram que tinha que fazer a coisa certa. Eu não pensei duas vezes em devolver”, afirmou.
“Fiquei mais feliz depois que eu consegui achar [o dono]. Vi que era um senhor, uma pessoa de boa índole que trabalhou pra caramba”, afirmou.
Lealdo encontrou o dono do dinheiro um dia após receber o Pix. Na agência do banco de origem da transferência, ele falou com uma gerente, que localizou o titular da conta. “Ela ficou surpresa com a minha atitude e conseguiu entrar em contato com ele [dono do dinheiro]”, relembrou.
O empresário contou que, em 15 minutos, o homem apareceu na agência junto com uma advogada. “Era um bancário e estava comprando um apartamento. Então, ele estava dentro do cartório, preencheu o contrato da transferência e, quando foi finalizar o pagamento para o corretor, mandou o Pix para mim”, explicou.
No entanto, ambos não sabiam o motivo da confusão. Até que, dias depois, descobriram que o bancário havia sido cliente do empresário um mês antes do Pix. “Fiz um trabalho no carro dele”, relatou Lealdo, dizendo que sua conta tinha ficado salva no celular do homem.
Devolução
Com tudo esclarecido, Lealdo tentou fazer o estorno do dinheiro, mas foi bloqueado pelo seu banco. “Tive um transtorno. Eles bloquearam a minha conta, não conseguia fazer nada”, relatou. Após resolver essa situação, ele só conseguiu devolver a quantia em parcelas.
O empresário fez Pix de R$ 100 mil por dia até chegar ao valor de R$ 690 mil, terminando na quinta-feira (16). “Acho que temos que fazer a coisa certa para nossa vida dar certo”, finalizou Lealdo.