Domingo, 12 de janeiro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Presidente do Banco do Brasil pede perdão ao “povo negro” por atuação do banco durante período de escravidão

Compartilhe esta notícia:

Tarciana Medeiros é a primeira mulher negra a presidir a instituição.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Tarciana Medeiros é a primeira mulher negra a presidir a instituição. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, pediu desculpas neste sábado (18) pela atuação da entidade bancária durante o período de escravidão no País. Medeiros é a primeira mulher negra a presidir a instituição.

Em nota, a declaração da presidente do banco veio acompanhada do anúncio de ações para promover a igualdade, a inclusão étnico-racial e combater o racismo estrutural no Brasil. Em setembro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) notificou o BB sobre a abertura de um inquérito civil público que investigou o envolvimento da instituição na escravidão e no tráfico de africanos durante o século 19.

O pedido de desculpas faz parte de um acordo que o banco fez com o MPF. Além disso, foi solicitado que o banco também reconheça a sua participação durante o período de tráfico de pessoas e apresente um “plano de reparação” as ações cometidas.

“Direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povos negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história. Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no País”, afirmou Tarciana.

A presidente do BB disse que o banco não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa.

“Mas o simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão, independentemente de existir ou não qualquer conexão, ainda que indireta, entre atividades de suas outras versões e escravizadores do século XIX”, destacou.

Entre as políticas anunciadas pelo Banco do Brasil, estão:

– Fomento ao mercado de trabalho para o povo negro – novas licitações terão cláusula para fomentar diversidade nas empresas contratadas;
– Parceria para encaminhar jovens do programa Menor Aprendiz para o mercado de trabalho;
– Workshop sobre a promoção da diversidade, equidade e inclusão com estatais e fornecedores;
– Prêmio Fundação BB de Tecnologia social terá como critérios projetos que preguem igualdade de gênero, racial e povos tradicionais;
– Criação do Edital de Empodeiramento Socioeconômico de Mulheres Negras;
– Fundação Banco do Brasil vai retomar o “Projeto Memória: Lélia Gonzalez”, em ação que vai promover estratégias de reflexão e conscientização sobre a estrutura e o funcionamento do racismo e sexismo na sociedade;
– Investimento em pesquisas aplicadas à temática racial e que apresentem mecanismos de aceleração de representatividade e combate à discriminação no Brasil;
– Programa Aceleração “Raça é Prioridade” vai selecionar e desenvolver a carreira de 150 funcionários pretos e pardos do BB;
– Lançamento do programa “Mentoria Liderança Negra”, com objetivo de aperfeiçoamento de competências de liderança de 300 profissionais do banco;
– Apoio e participação na realização do Movimento Black Money (MBM) Inovahack, com objetivo promover a inclusão financeira e econômica da população negra;
– Apoio ao Festival de Gastronomia Preta;
– Apoio a projetos que valorizem a inclusão e a acessibilidade e que ofereçam caminhos para compreender a construção contemporânea de identidades.

O Banco do Brasil informou em nota que está disponível para o diálogo e que o debate não deve se restringir a uma única empresa.

“O Banco ratifica sua disponibilidade para o diálogo, mas considera que é necessário que exista um processo de reflexão abrangente e permanente de toda a sociedade sobre o tema, já que restringir o debate de um tema dessa magnitude apenas a uma única empresa significa reduzir os potenciais de boas práticas que podem ser construídas de forma articulada por toda a sociedade. As sequelas da escravatura devem convocar todos os atores sociais contemporâneos a agir para a promoção da igualdade étnico-racial. O BB não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa e o simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito da nossa sociedade, como as ações anunciadas neste sábado, dia 18 de novembro. O Banco do Brasil fez, faz a fará muito pela diversidade e desenvolvimento não só social, como ambiental e econômico em nosso País”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Projeto Bota-Fora atende nove comunidades nesta semana em Porto Alegre
Prefeitura de Porto Alegre faz reunião para antecipar ações emergenciais devido à elevação do Guaíba
https://www.osul.com.br/presidente-do-banco-do-brasil-pede-desculpas-pela-atuacao-da-instituicao-durante-o-periodo-da-escravidao-no-pais/ Presidente do Banco do Brasil pede perdão ao “povo negro” por atuação do banco durante período de escravidão 2023-11-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar