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Esporte Sete erros do Brasil na derrota para a Colômbia nas Eliminatórias

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Seleção de Fernando Diniz apresentou desconexão entre os setores. (Foto: CBF/Divulgação)

A explicação da derrota do Brasil para a Colômbia, por 2 a 1, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, passa por vários aspectos que se acumularam até culminar nos dois gols de Luis Díaz, na reta final da partida — a seleção havia aberto o placar com Gabriel Martinelli, nos primeiros minutos. Desde uma escalação lançada por Fernando Diniz que conversou em campo apenas em breves momentos, até atuações individuais comprometedoras, a virada colombiana se desenhou de maneira natural e justa.

Fragilidade defensiva

À exceção do goleiro Alisson, que fez partida segura, mas não seria capaz de segurar todo o ímpeto da Colômbia, que terminou nos gols de Díaz — seu companheiro de Liverpool — no segundo tempo, o sistema defensivo brasileiro mostrou uma flagrante fragilidade. Isso se traduziu nas 23 finalizações colombianas na partida, dez delas na meta do camisa 1.

Nos lances dos dois gols, os zagueiros Marquinhos e Gabriel Magalhães pareceram perdidos, e ainda mostraram falta de tempo de bola para impedir os dois lances finalizados de cabeça, golpes seguidos, em cerca de cinco minutos, que apenas vinham sendo adiados durante todo o jogo.

Os piores em campo

Emerson Royal e Renan Lodi merecem um tópico separado, pois estiveram especialmente desconectados do nível que a seleção pede, na noite de ontem em Barranquilla. Sobretudo, Royal, que foi apavorado por Díaz durante os 90 minutos, cedendo espaços pelo seu setor direito, e atuando mal nos lances capitais.

Já Lodi esteve nulo, limitado por um cartão amarelo, e também sofrendo na marcação. Ofensivamente, nenhum dos dois contribuiu com grandes lances. Em uma convocação em que ficou clara a dificuldade conseguir laterais para o grupo, até mesmo os que foram chamados não passam confiança.

Meio campo desconexo

A proposta de Diniz se aproximou muito do que ele fez em vários momentos na temporada do Fluminense: um meio de campo com dois jogadores (André e Bruno Guimarães) e um ataque reforçado com quatro (Vini Jr., Rodrygo, Raphinha e Gabriel Martinelli). Porém, mesmo contando com um jogador de sua confiança na origem das jogadas, foi vista uma falta de sintonia entre os setores.

A bola não chegava tão facilmente e houve momentos de bastante espaçamento, com o setor ofensivo isolado. Isso permitiu à Colômbia prevalecer na batalha de meio campo e expôs o Brasil às chegadas adversárias. No primeiro tempo, foi ofertado bastante espaço na frente da área. Apesar de contribuir com qualidade em alguns momentos, Bruno ficou um pouco perdido no campo.

Intensidade de poucos minutos

Quem viu os primeiros cinco ou dez minutos, não imaginava o desfecho da partida. A seleção deu indícios de que teria uma vitória tranquila e criaria sem grandes dificuldades. O gol de Martinelli, aos quatro, saiu de uma jogada primorosa pela esquerda. Porém, passada a euforia inicial, a seleção esmoreceu, mostrando poucos lapsos criativos, até ser engolida física e taticamente.

Chances perdidas

Um dos grandes clichês do futebol cabe em todas as análises: é preciso aproveitar as chances que se apresentam, antes que seja tarde. Logo no primeiro minuto, Vini Jr. desperdiçou uma cabeçada que costuma converter, após trama entre Royal — melhor momento do lateral direito — e Raphinha. No segundo tempo, foi a vez do atacante do Barcelona finalizar na trave a chance do 2 a 0. A partir daí, Díaz mostrou como se faz.

Tirar Rodrygo

A substituição do camisa 10, aos 22 do segundo tempo, para a entrada de Paulinho, foi a pior decisão de Diniz durante a partida. O jogador do Real Madrid era um dos mais lúcidos em campo e ajudava a criar as jogadas. De maneira sintomática, o Brasil levou a virada dez minutos depois de sua saída.

Entradas sem efeito

Ainda na primeira etapa, a seleção teve o azar de perder Vini por lesão. Em seu lugar, entrou o atacante João Pedro, que teve atuação esforçada, mas não entrou no melhor dos contextos. Tampouco Paulinho e Pepê conseguiram fazer alguma coisa — o segundo foi improvisado como lateral esquerdo.

Douglas Luiz e Endrick pisaram no campo quando o estrago estava feito, e sequer conseguiram embarcar no ritmo de uma partida já comprometida. Talvez o jovem do Palmeiras pudesse ter entrado antes. Não faltaram erros nas tentativas de ajustes, apenas a pá de cal em uma derrota merecida.

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