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Brasil “Não foi nada contra um ou outro”, diz presidente da Embratur após revogar títulos de Ronaldinho Gaúcho e Daniel Alves como embaixadores do turismo

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Daniel Alves está preso na Espanha desde janeiro acusado de estupro. (Foto: EBC)

A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) revogou as nomeações de embaixadores do turismo brasileiro, escolhidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as pessoas que perderam esse título estão os ex-jogadores Daniel Alves e Ronaldinho Gaúcho. Segundo o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a medida foi uma “formalização”, para que outros nomes sejam definidos; novos embaixadores devem ser escolhidos ainda neste ano.

O programa contava com 15 embaixadores, todos homens. O comunicado enviado para os representantes agradece os “relevantes serviços prestados” por eles na promoção dos destinos turísticos do Brasil.

De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a revogação dos títulos foi “apenas uma formalização”, para que a Agência possa indicar novos perfis mais alinhados com o que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entende que deve ser a imagem do Brasil no

“Não foi nada contra um ou outro. Essa era uma identificação de embaixadores do governo passado e não faz sentido mantê-los. Nós estamos preparando novos convites, para novos embaixadores, que tenham mais o perfil do que a gente está fazendo hoje com a promoção do nome do Brasil”, afirmou Freixo.

De acordo com a Embratur, o programa “Embaixador Honorífico do Turismo Brasileiro” foi criado para ajudar na promoção internacional do turismo do país, por meio da divulgação de “produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros”.

O título é honorário, voluntário, não remunerado e sem vínculo empregatício com a Embratur.
E, apesar da antiga formação não contar com nenhuma mulher e apenas quatro negros — menos de um terço dos indicados —, uma das bases do programa tem relação com a promoção da “diversidade cultural” do país no exterior.

Além disso, um dos critérios para a escolha dos embaixadores é ter “conduta ilibada e cidadã” e “não possuir condutas inadequadas, tais como comportamento impróprio, racismo, homofobia, preconceitos em geral”. Entretanto, nem todos os listados se enquadram nas exigências.

O ex-jogador de futebol Daniel Alves, por exemplo, está preso na Espanha desde janeiro deste ano e aguarda julgamento. Ele é acusado de estuprar uma mulher no banheiro de uma boate em Barcelona, na Espanha.

Já o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho ficou preso preventivamente no Paraguai, em 2020, por cerca de seis meses, após ser flagrado entrando com passaportes adulterados no país.

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