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Notícias Câmara dos Deputados vota comissão do impeachment com agressões entre parlamentares e urnas quebradas

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Tumulto começou após o início da votação para formar a comissão que analisará o impeachment.(Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara)

Depois de muita confusão e bate-boca, os parlamentares votaram para escolher os integrantes da comissão especial que analisará o parecer do impeachment na Câmara dos Deputados. A confusão ocorreu porque o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu início à eleição dos integrantes sem ouvir questão de ordem da base aliada para que a votação fosse aberta – o peemedebista decidiu, com base em artigo do regimento, que o voto seria secreto.

Os líderes dos partidos lançaram uma chapa com parlamentares considerados mais governistas, e tentaram garantir que o voto fosse aberto. A oposição articulou com os dissidentes de PMDB, PP e PSD uma chapa alternativa, com parlamentares pró-impeachment, para compor a comissão contando com o voto secreto para ser eleita com ajuda de traições na base.

A líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ) tentou questionar para que o voto fosse aberto, mas Eduado Cunha deu início à votação antes mesmo de ouvir a questão de ordem e disse que responderia em outro dia, por escrito, porque o partido já tinha recorrido da decisão ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Diante disso, deputados da base se postaram em frente às cabines de votação para impedir que outros registrassem seus votos. Parlamentares da base e da oposição discutiram em plenário e duas cabines de votação foram quebradas.

 
TV Câmara abafa briga

Em provável dia de maior audiência, a TV Câmara deixou os telespectadores sem áudio justamente em um dos momentos de “tiro, porrada e bomba” da programação. O plenário da Casa, comandado por Cunha, cortou temporariamente o som exatamente quando começou o empurra-empurra e bate-boca entre os deputados.

Como justificativa, a emissora explicou que o áudio foi suspenso porque nada de relevante estava sendo votado naquele momento.

O tumulto entre os parlamentares começou logo depois do início do processo de votação para formar a comissão especial que analisará o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). Em protesto à votação secreta, algumas urnas foram quebradas durante a confusão.

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