Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Tito Guarniere | 25 de novembro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Vivaldinos
Os “neoliberais”, como Marcos Mendes e Marcos Lisboa, são contrários a qualquer isenção ou redução de alíquotas na Reforma Tributária. Os “neoliberais” são contra privilégios.
A favor de privilégios, isto é de exceções, são as esquerdas e o Centrão. Vão pagar menos no novo sistema tributária, os supermercados, as empresas de aviação, as companhias de turismo, os bares e restaurantes, o rico e capitalizado agronegócio, médicos, dentistas, advogados e outros vivaldinos.
Os privilégios, as isenções, as alíquotas reduzidas serão um bálsamo para os beneficiados e um peso para os demais.
O Brasil que deu certo
O Brasil é o maior produtor mundial de soja, milho, café, aves, açúcar, bovinos e celulose. O agronegócio é de direita. E por que não seria, se é tão hostilizado pelas esquerdas e pelos “progressistas”?
Se a indústria e os serviços estivessem no mesmo patamar de excelência do agronegócio, o Brasil seria um país rico e desenvolvido. Mas certos “progressistas” insistem em chamá-lo de “ogronegócio”.
O agro é o Brasil que deu certo.
PS: não sou do ramo.
Cara de pau (I)
A turma do Enem usa a cara de pau para rebater a acusação de viés ideológico nas questões. Segundo eles – do Enem – a resposta do estudante é livre.
Não é livre. As cinco respostas possíveis de alguma maneira estão contidas na premissa – o texto apresentado.
O que denuncia o caráter ideológico das questões do exame é a escolha dos autores e textos, invariavelmente pertencentes ao campo anticapitalista e de esquerda.
Cara de pau (II)
Por exemplo, quando se trata do agronegócio, o texto para a interpretação é sempre crítico à atividade. Não há uma só e única formulação que mostre o outro lado, como os recordes de produção e as inegáveis conquistas do setor, para o desenvolvimento do Brasil.
Memória curta
Flávio Bolsonaro indignado: “RS e SC submersos, Pantanal e Amazônia pegando fogo e o Lula? Vai para Dubai no fim do mês”.
Memória curta.
Nos desastres naturais no tempo de Bolsonaro, ele ia – sem medo de ser feliz – andar de jet-ski no litoral de SP e SC.
Bobalhões
Os bolsonaristas vibraram com a queda do palco onde iria se apresentar Marisa Monte em Niterói. A cantora votou em Lula. “Até a natureza é contra”, disseram.
E se alguém argumentasse que os ciclones e as chuvaradas têm castigado mais os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina porque votaram maciçamente em Bolsonaro, o que diriam os bobalhões?
Pena de prisão
Parte dos livros proibidos pelo governo do bolsonarista Jorginho Melo, de Santa Catarina, foi parar na penitenciária.
Já se ouviu falar e se escreveu muito sobre queima de livros. Enviá-los à penitenciária é uma novidade.
Desabonando a mensagem
A denúncia apresentada ao Ministério Público do Trabalho contra a jornalista Andreza Matais, de O Estado de São Paulo, não quer dizer nada. Qualquer um pode oferecer denúncia. Daí ser investigada e provada vai à distância abissal.
Trata-se de uma armação vulgar. Mas funciona para intimidar. Ataca-se a mensageira para desabonar a mensagem.
A mensagem: as andanças da “Dama do Tráfico Amazonense” nas salas de hierarcas do Ministério da Justiça.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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