Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2023
O teste público de segurança existe desde 2009.
Foto: TRE-RS/DivulgaçãoO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou na última sexta-feira (1º) a sétima edição do teste público de segurança das urnas eletrônicas. A iniciativa da Justiça Eleitoral avalia a integridade dos equipamentos que serão usados no pleito. Em outubro de 2024, os brasileiros escolherão prefeitos e vereadores. O teste público de segurança existe desde 2009.
O resultado dos testes deve ser divulgado pelo TSE no dia 15 de dezembro e vão apontar sugestões de aprimoramento dos sistemas. Durante cinco dias especialistas em tecnologia da informação puderam testar os equipamentos da urna que fazem a coleta e a transmissão dos votos dos eleitores. Ao todo foram realizados 35 planos de ataques aos sistemas de votação. O número de ataques propostos e a quantidade de inscrições aprovadas (16) são recordes em relação aos testes anteriores. Ao todo, 33 investigadores participaram, dos quais seis foram mulheres — a maior participação feminina nos testes até então.
Em maio de 2024, os investigadores retornarão ao TSE para analisar se as melhorias feitas nos sistemas são suficientes para barrar os ataques.
O objetivo do teste é oferecer uma oportunidade para que especialistas analisem os sistemas que serão usados nas eleições e identifiquem eventual fragilidade que possa ser reparada antes do pleito.
No teste, os participantes avaliam sistemas usados para a geração de mídias das urnas, para votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos, inclusive o hardware da urna eletrônica, seus softwares embarcados e os sistemas de apoio aos processos de auditoria sobre software da urna.
Os investigadores puderam avaliar os modelos 2020 e 2022 da urna eletrônica. A versão mais recente do equipamento será usada pela primeira vez nas eleições municipais do ano que vem.
Conforme o diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, destacou a relevância do teste da urna para a sociedade e a democracia.
“É uma iniciativa fundamental do TSE para o aprimoramento da nossa capacidade de transparência e de realização de uma eleição capaz de transportar a vontade do eleitor com confiança e credibilidade”, declarou. Sobre a participação das investigadoras e dos investigadores, além dos servidores e do apoio técnico, ele afirmou que é “um ato de demonstração de amor ao país e ao sistema eleitoral”.
Em 2021, nos testes realizados antes das eleições do ano passado, pontos vulneráveis da urna eletrônica foram encontrados. Segundo o TSE, as falhas foram corrigidas em maio daquele ano, antes das eleições, e o sigilo do voto e da totalização da apuração não foram violados.