Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2023
A operação foi realizada no Brasil, nos Estados Unidos e no Paraguai
Foto: PF/DivulgaçãoA PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta terça-feira (5), uma operação contra um grupo suspeito de negociar a compra e venda de 43 mil armas para os chefes das maiores facções criminosas do Brasil em três anos.
Segundo as investigações, os criminosos movimentaram R$ 1,2 bilhão nesse período. Uma empresa com sede em Assunção, no Paraguai, foi responsável pela importação de pistolas, fuzis e munições de vários fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.
“As armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde eram raspadas e revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com o Paraguai, para serem revendidas às principais facções criminosas do Brasil”, informou a PF.
Os policiais cumpriram 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 de busca e apreensão no Brasil, Estados Unidos e Paraguai. No Brasil, a operação foi realizada no Rio de Janeiro, São Paulo, Sorocaba (SP), Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Brasília e Belo Horizonte (MG).
O principal alvo da operação, batizada de Dakovo, é considerado pela PF o maior contrabandista de armas da América do Sul. O argentino Diego Hernan Dirísio não foi localizado durante a ação. Ele estaria no Paraguai.
As investigações começaram em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas no interior da Bahia. As armas estavam com os números de série raspados, mas, por meio de perícia, a PF conseguiu obter informações da origem e avançar nas apurações.