Por Flavio Pereira | 6 de dezembro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, do Ministério dos Transportes, recebeu uma proposta para a implementação do terminal rodoferroviário de Vacaria, ferramenta estratégica para o desenvolvimento logístico do Rio Grande do Sul. O senador Luis Carlos Heinze (PP) e o ex-ministro do Trabalho, deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos), levaram o documento ao ministério, com uma comitiva formada pelo prefeito de Vacaria, Amadeu Boeira, o vice-prefeito, Marcelo Dondé, e representantes de entidades de classe.
O ambicioso projeto pretende integrar Vacaria ao corredor ferroviário que interliga os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. De acordo com o estudo, a estrutura será viabilizada pela iniciativa privada, enquanto o governo federal será o responsável pela construção de um ramal de parada de composição, com desvio de aproximadamente três quilômetros. Ficou definida a realização de uma reunião virtual com a concessionária responsável e uma visita técnica planejada para fevereiro. “Este é um passo significativo para a concretização do terminal rodoferroviário, que surge como um catalisador de oportunidade para a região”, afirmou o senador Heinze.
Flavio Dino tem 24 votos dos 81 senadores.
A liderança do governo no Congresso Nacional trabalha com a expectativa da aprovação de Flávio Dino, indicado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), com ao menos 47 votos favoráveis no plenário do Senado. O levantamento mais recente, feito pelo Globo com todos os 81 parlamentares da Casa aponta para um placar apertado na votação. Até agora, o governo contabiliza 24 votos certos entre os 81 senadores. Serão necessários 41 votos.
A aprovação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal, não será tarefa fácil para o governo. Será necessário reverter votos do próprio governo e também na oposição. A maioria dos senadores de partidos com ministérios no governo, como o Republicanos, já se declararam contra a indicação do ex-filiado do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) ao STF. O União Brasil, com três ministérios, também está rachado: dois senadores já anteciparam o voto contrário. Mesmo assim, poucos acreditam na derrota do ministro. Os senadores gaúchos já estão definidos: Paulo Paim (PT) vota SIM. Luis Carlos Heinze (PP) e Hamilton Mourão (Republicanos) votam NÃO.
Senadores indecisos na votação de Flavio Dino
A votação está prevista para acontecer no próximo dia 13, após a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa). Os senadores que se declaram indecisos: Sergio Moro (UNIÃO-PR); Oriovisto Guimarães (PODEMOS-PR); Angelo Coronel (PSD-BA); Ciro Nogueira (PP-PI); Mecias de Jesus (Republicanos-RR); Sérgio Petecão (PSD-AC); Fernando Farias (MDB-AL); Vanderlan Cardoso (PSD-GO); Nelsinho Trad (PSD-MS); Soraya Thronicke (PODEMOS-MS); Jayme Campos (UNIÃO-MT); Margareth Buzetti (PSD-MT);Efraim Filho (UNIÃO-PB); Fernando Dueire (MDB-PE); Chico Rodrigues (PSB-RR); Dr. Hiran (PP-RR); Ivete da Silveira (MDB-SC); Giordano (MDB-SP); Professora Dorinha Seabra (UNIÃO-TO)
“Dangerous e Paschoal” mira no contrabando de grãos do Paraguai
Causou alvoroço no Rio Grande do Sul, a megaoperação da Polícia Federal, “Dangerous e Paschoal”. Objetivo: desarticular organização criminosa responsável por esquema bilionário de contrabando de grãos, especialmente soja e milho, e agrotóxicos trazidos da Argentina para o Brasil por portos clandestinos às margens do Rio Uruguai.
Mandados de busca ,e de prisão foram cumpridos ontem (5) em Palmeira das Missões (RS), Rodeio Bonito (RS), Cerro Grande (RS), Três Passos (RS), Tiradentes do Sul (RS), Horizontina (RS), Crissiumal (RS), Santo Ângelo (RS), Condor (RS), Tuparendi (RS), Santana do Livramento (RS), Itapema (SC), Itaí (SP), Palmas (TO) e São Luís (MA).
Prefeitos gaúchos sinalizam apoio ao aumento do ICMS
O governador Eduardo Leite recebeu ontem uma sinalização de que os prefeitos poderão apoiar o aumento do ICMS de 17 para 19,5%. A Famurs, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) discutiu a proposta com 63 prefeitos após audiência com o governador, na sua sede, em Porto Alegre. Pesa na decisão dos prefeitos, além da participação dos municípios em 25% da receita do ICMS, a promessa do governo de aumentar os investimentos em estradas, saúde, segurança e educação.
Prefeitos da região metropolitana são contra aumento do ICMS
Num contraponto à tendência da Famurs pró-aumento do ICMS, , prefeitos da Granpal, a Associação de Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre divulgaram nota, nesta terça-feira (5), se declarando contra o projeto que eleva a alíquota de ICMS de 17% para 19,5% no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada de forma unânime pelos 13 prefeitos que participaram da assembleia geral da entidade, realizada em Viamão, na última sexta-feira (1º).
Ives Gandra: “não seria possível um golpe sem armas no 8 de janeiro”
O advogado Ives Gandra da Silva Martins, que foi professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, afirmou ao site Consultor Jurídico que historicamente nunca houve um golpe sem armas, especialmente no caso dos atos de 8 de janeiro, porque não haveria possibilidade de ruptura institucional pelas mãos de manifestantes desarmados:
– E o grupo que estava lá não tinha nenhuma arma. É possível derrubar um governo eleito pelo povo sem armas? Evidente que não era golpe de Estado. Foi um grupo que foi fazer um protesto político e, depois, transformou aquilo numa baderna. Eles deveriam ter a mesma punição que tiveram aqueles baderneiros do PT e do MST, que invadiram o Congresso Nacional, na época em que era presidente da República o presidente Michel Temer, e foram tratados como baderneiros. Mas nunca foram tratados como golpistas”, disse.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
