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Mundo Exército brasileiro antecipa reforço de militares e armamento na fronteira do Brasil com a Venezuela

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Militares brasileiros irão reforçar a presença nas áreas próximas à região do conflito. (Foto: Reprodução/Exército)

O Exército brasileiro decidiu enviou um reforço militar para proteger a fronteira com a Venezuela. As cidades de Pacaraima e Boa Vista, em Roraima, receberão tropas e 28 carros militares em cerca de 20 dias. A decisão ocorreu após o referendo organizado no domingo por Caracas sobre a região de Essequibo, na Guiana.

O reforço foi anunciado pelo Ministério da Defesa na última sexta-feira. Desses 28 carros, 16 são viaturas blindadas e 12 são jipes. O objetivo é compor a nova Unidade Militar na capital do estado.

A 1ª Brigada de Infantaria de Selva contém quase dois mil militares efetivos. A ação dos agentes tem uma concentração na fronteira para proteger território nacional. O exército afirma que do lado brasileiro, a movimentação está normal.

Para invadir a Guiana por terra, militares venezuelanos teriam que percorrer cerca de 350 quilômetros em território brasileiro, saindo de Pacaraima até as cidades de Bonfim ou Normandia que fazem fronteira com a Guiana.

Além disso, segundo oficiais brasileiros que conhecem a região, a Venezuela não demonstra condições de manter um conflito. Eles ressaltam que toda a operação está sendo montada para que nenhum centímetro do espaço brasileiro seja usado em uma eventual investida do presidente Nicolás Maduro.

Para garantir que não haja uma violação de limite entre um país e outro, os militares brasileiros usam um Sistema de Inteligência e de alertas para monitoramento e prontidão, caso precise de uma resposta rápida.

Novo Regimento

A tensão entre a Venezuela e a Guiana na disputa pelo território de Essequibo fez com que o Exército brasileiro antecipasse, em pelo menos um ano, a transformação do atual Esquadrão de Cavalaria Mecanizado em Regimento de Boa Vista, em Roraima.

A mudança da estrutura na região era planejada há pelo menos uma década. A previsão era concretizar a reformulação no quadriênio que vai de 2024 a 2027. Segundo fontes militares, o mais provável seria 2026.

A necessidade de reforço na fronteira, no entanto, fez o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, publicar, no dia 29 de novembro, uma portaria determinando a ativação do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado, com sede em Boa Vista, subordinado à 1ª Brigada de Infantaria na Selva. A portaria consta no Boletim do Exército do dia 1º de dezembro.

Foi essa mudança, inclusive, que permitiu o envio de 16 blindados para reforçar a frota no estado. Outros 12 veículos já estão na região. Além disso, a alteração permite aumentar a tropa na região. Enquanto um Esquadrão tem cerca de 130 a 200 militares, um Regimento tem de cerca de 450 a 600 integrantes.

Apesar da antecipação do reforço militar em Roraima, oficiais, em caráter reservado, avaliam que uma investida da Venezuela por Guiana passando pelo território brasileiro seria uma “manobra complexa”, o que desestimularia o exército venezuelano.

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