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Política No último minuto, “bancada da bala” derrotou o governo e retirou “imposto do pecado” sobre armas e munição

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A reforma tributária prevê a incidência de um imposto seletivo, apelidado de “imposto do pecado”, para desestimular o consumo de produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como é o caso de cigarro e bebidas alcoólicas. (

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Governo e Congresso devem deixar de lado disputas de poder. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A “bancada da bala” conseguiu, na última sexta-feira (15), derrotar o governo “no último minuto” e excluir da reforma tributária o dispositivo que determinava a incidência do imposto seletivo sobre armas e munição.

O destaque (sugestão de alteração no texto) foi apresentado pelo PL. Um pedido semelhante havia sido rejeitado durante a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) no 1° turno, entretanto deputados da oposição conseguiram reverter votos no plenário.

A inclusão do dispositivo precisava de 308 votos, quórum mínimo de votação para uma alteração na Constituição. Contudo, recebeu apenas 293 votos a favor e 198 contrários e, com isso, foi derrubado.

A reforma tributária prevê a incidência de um imposto seletivo, apelidado de “imposto do pecado”, para desestimular o consumo de produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, como é o caso de cigarro e bebidas alcoólicas.

No caso das armas e munição, a taxação incidiria para produção, comercialização e importação, exceto para as destinadas à administração pública, como por exemplo, a compra para as Polícias.

O governo orientou contrário ao destaque.

“Não se trata de um debate ideológico, é um debate técnico. As forças de segurança pública não vão pagar, não incide sobre as compras governamentais, em especial as forças de segurança pública. O que estamos fazendo é técnica, não justifica reduzir os impostos sobre armas e aumentar para serviços, alimentação e etc.. Estamos distribuindo a carga tributária”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

Os detalhes da cobrança e dos produtos que serão desestimulados pelo imposto serão definidos posteriormente, em uma lei complementar, sem atingir, porém, armas e munição, como aprovado pelos parlamentares.

A reforma tributária foi aprovada na Câmara dos Deputados na noite da sexta-feira (15) após 30 anos de discussão no Congresso. Concluída a votação, a reforma vai para promulgação, ato que tornará o texto parte da Constituição.

O texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que atualiza o sistema tributário brasileiro foi aprovado em dois turnos. No primeiro, o placar foi de 371 votos a favor e 121 contra. O mínimo para aprovação eram 308 votos. No segundo turno, foi de 365 a 118.

A reforma unifica impostos sobre o consumo em um Imposto sobre Valor Agregado (IVA). O IVA será dual: um para os impostos estaduais, outro para os federais. A alíquota do IVA ainda não está definida, mas deve girar em torno de 25%, uma das maiores do mundo.

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https://www.osul.com.br/no-ultimo-minuto-bancada-da-bala-derrotou-governo-e-retirou-imposto-do-pecado-sobre-armas-e-municao/ No último minuto, “bancada da bala” derrotou o governo e retirou “imposto do pecado” sobre armas e munição 2023-12-17
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