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Comportamento “Me imaginava correndo e pulando do prédio”: Luisa Sonza relata paranoia, vício em remédio e quadro de úlceras

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Cantora é uma das idealizadoras do Festival Salve o Sul, que acontece neste domingo. (Foto: EBC)

“Doce 22” foi até o momento o trabalho mais autoral de Luisa Sonza, e também o mais incensado pela crítica e pelo público, que a colocou no primeiro lugar do que se chamava antigamente de parada de sucessos. Ao mesmo tempo em que o álbum dava frutos, rendia shows lotados, prêmos e tudo mais, a artista sucumbia.

Muito pelo ódio destilado contra ela durante sua separação de Whindersson Nunes e durante o namoro com Vitão. O resultado de tanto hate, além de uma depressão, que reaparece de tempos em tempos, tornou Sonza, na época com 22 anos, uma dependente de remédios controlados. Fossem para dormir ou mantê-la acordada.

“Eu não queria dormir, misturava com bebida, ficava ligada. Eu tinha medo de dormir porque vinha muitas alucinações. Aí depois eu ficava tão cansada que tomava outros para apagar. Eu não falava disso para ninguém porque eu achava que estava ficando louca”, relata ela, num dos episódios do doc “Se eu fosse Luisa Sonza”, sobre um ano, o mais turbulento, de sua vida.

Alucinação e paranoia

Sonza tinha alucinações frequentes, o que se tornou uma paranoia. “Eu estava fazendo massagem um dia, deitada na maca e comecei a pensar que aquela pessoa ia me matar. Que iria pegar uma faca e enfiar nas minhas costas”, revela.

A equipe da cantora tentava ao máximo fazê-la enxergar a realidade, mas Sonza não queria. “Eu queria esquecer, passei a ter medo da realidade. Tinha uns pesadelos… cheios de sangue”, relembra.

Durante todo o documentário fica claro a oscilação de Sonza, entre muito triste e chorosa, e feliz quando conhece um novo amor: Chico Moedas, que está no doc, no momento em que a artista aparece menos soturna e mais radiante.

Na fase em que ainda era apontada como a culpada pela morte do bebê do ex com Maria Lina, Sonza não esconde que gostaria de tirar a própria vida. “Eu me imaginava correndo, no alto de um prédio, bem reto assim, e eu correndo e pulando. Ninguém quer morrer. A gente só quer que aquela dor acabe”, reflete, num dos momentos mais dramáticos do documentário sobre ela.

Úlcera

Além dos problemas do sono e da síndrome do pânico, Luisa Sonza descobriu que tem quatro úlceras. “Eu sentia muita dor. Na boca do estômago, no braço esquerdo, tinha taquicardia. pensava, vou infartar. Não conseguia comer, doía demais, queria vomitar. Aí fui fazer endoscopia e descobriram quatro úlceras. Uma bem grande e outras menores”, explica: “Eu tô cansada de ficar triste. Tem muita coisa que não sei lidar ainda”.

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