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Colunistas Plano B. Bom para quem?

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Anteriormente, a medida estava restrita a municípios em situação de calamidade. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

“O governo não pode tornar o homem mais rico, mas pode torná-lo mais pobre.” Ludwig Von Mises.

A reflexão que proponho aos leitores começa com um dito popular: promessa é divida. Essa expressão, em síntese, diz que uma promessa, quando dita a alguém, torna-se uma dívida. Ou seja, algo a ser realizado, pois aquilo que se deve passa a ser uma obrigação moral.

Nos últimos dias assistimos uma proposição inesperada do governo estadual. Aumento do ICMS. Inesperada porquê? Uma de suas promessas na campanha do ano passado foi: reduzir impostos.

Disse: “O governo pretende promover a redução de impostos”. Citou o exemplo das políticas de ICMS e do Diferencial de Alíquota (Difal), que baixaram de taxa na gestão anterior.

Promessa feita durante entrevista para uma emissora de TV em setembro de 2022.
Sabemos que em qualquer área seja pública ou privada nada pode ser feito sem um plano de voo. Um conceito simples para um instrumento vital no mundo empresarial: planejamento estratégico. Para ambos sabemos que é vital a construção de cenários (positivos ou negativos) e formulações de ações que façam frente aos obstáculos.

A diferença dessa prática do mundo privado para candidatos a cargos públicos é que esses últimos – na maioria – fazem promessas de campanha. Não planejamento estratégico. Narrativas para conquistar votos pela face frágil da emoção.

Eleitos, uma parte deles, usam um outro dito popular: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Comum entre alguns políticos e religiosos. Eis que o governo estadual avaliou (leitura desse escriba) e resolveu publicar decreto para materializar o Plano B – antes da votação na Assembleia do aumento do ICMS – que revê isenções afetando dezenas de segmentos empresariais e por consequências emprego e renda.

A pergunta que não quer calar: na construção do seu plano de voo ou de governo a tripulação não previu cenários e ações? Se previu deveria lembrar que o único que não deveria pagar pela mudança de rota são os passageiros.

Leia-se consumidores. Quando um governo aumenta impostos ou muda as regras do jogo – durante o mesmo – os penalizados estão na aeronave ou na torcida: cidadãos e cidadãs. Portanto vale lembrar a equipe do governo que o ônus da implantação de qualquer um dos planos afetará a imagem de toda tripulação. Talvez voos futuros poderão ter menos passageiros pois, muitos deles irão perguntar: esses Planos A ou B é bom para quem?

(Gil kurtz diretor da KG Consultoria, especialista em Gestão de Imagem e Conflitos)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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