Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de janeiro de 2024
Estados Unidos e Reino Unido lançaram mísseis e bombas contra alvos no Iêmen, na esteira dos ataques de rebeldes houthis a navios comerciais no Mar Vermelho. O arsenal foi disparado por terra e mar. A liderança do grupo iemenita prometeu retaliação, enquanto seus aliados, como o governo do Irã e o grupo terrorista Hamas, condenaram a ofensiva e alertaram que o incidente teria consequências para a região.
Em um comunicado conjunto assinado pelos países, o ataque foi descrito como uma “ação defensiva”, para dissuadir o grupo rebelde a interromper os ataques a navios no Mar Vermelho — rota por onde passa cerca de 12% do comércio marítimo mundial. Em um discurso, o presidente americano, Joe Biden, descreveu o objetivo da missão como sendo “desanuviar as tensões e restaurar a estabilidade” na região.
A imprensa norte-americana indica que os ataques foram realizados com caças e mísseis Tomahawk. O Reino Unido disse ter mobilizado quatro caças Typhoon FGR4 com bombas guiadas a laser. Confira abaixo as armas e os equipamentos militares utilizados pelo Ocidente nos bombardeios ao Iêmen.
Estados Unidos
Mísseis Tomahawk: mísseis de ataque terrestre, eles conseguem levar ogivas de 1.000 libras a até 1,6 mil quilômetros de distância e chegar à velocidade de 885 km/h. Com isso, é possível obter a distância máxima em até duas horas de operação.
Tais mísseis de cruzeiro podem ser lançados de navios ou submarinos. Difíceis de serem abatidos, os projéteis podem voar a baixas altitudes, além de emitirem pouco calor. Essas características dificultam, por exemplo, a detecção de exemplares por meio de infravermelho.
Os Tomahawks voam a velocidades subsônicas, por rotas “evasivas” ou não lineares, o que os permite “driblar” sistemas de defesa aérea, de acordo com um folheto informativo da Marinha dos EUA citado pela CNN.
Submarinos e navios de superfície: O submarino USS Florida é um dos quatro de mísseis guiados (SSGNs) que são movidos a energia nuclear na frota da Marinha americana. Um folheto informativo da Marinha aponta que os quatro, originalmente, eram da classe Ohio e transportavam ogivas nucleares.
No entanto, foram convertidos entre 2005 e 2007 e passaram à capacidade de transportar até 154 mísseis de cruzeiro Tomahawk — quatro vezes mais que outros submarinos mais recentes da frota. Com isso, fornecem “muito poder de fogo”, e rapidamente.
De acordo com a CNN, o submarino é movido por um reator nuclear que fornece vapor para duas turbinas, responsáveis por fazer girar a hélice. A nave pode ficar submersa por “tempo indeterminado” — sua única limitação é a condicionada à necessidade de reabastecer suprimentos para a tripulação.
Reino Unido
Caças: O Reino Unido disse ter mobilizado quatro caças Typhoon FGR4 com bombas guiadas a laser para os bombardeios contra os houthis. Pilares da frota aérea britânica, os jatos desse tipo voam com apenas um piloto e dispõem de dois motores.