Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2024
Jovens não resistiram a inalação de gás tóxico no interior do carro em estacionamento de rodoviária.
Foto: ReproduçãoO dono de uma oficina mecânica de Aparecida de Goiânia (GO) é investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina por suspeita de modificar um carro BMW e, com isso, ter causado a morte de quatro jovens por intoxicação gasosa em Balneário Camboriú (SC). A defesa dele afirmou que a peça automotiva foi desenvolvida e instalada por uma empresa terceirizada do ramo.
No caso do estabelecimento goiano, trata-se de um oficina inaugurada há 11 anos. A Polícia Civil de Santa Catarina informou que o BMW havia passado por outras customizações em Minas Gerais antes do procedimento em Goiás – o objetivo era aumentar o barulho de ronco do motor do automóvel.
A polícia catarinense intimou o dono da oficina goiana para prestar novo depoimento, nesta segunda-feira (15), por videochamada. Ele foi ouvido anteriormente como testemunha e agora está na condição de interrogado. O advogado de defesa tenta adiar a oitiva, alegando não ter acesso ao inquérito e nem aos laudos periciais.
Também devem ser ouvidos nos próximos dias os mecânicos que trabalharam no serviço. Se tiverem ficara comprovado que eles contribuíram para o vazamento fatal, eles poderão responder por homicídio culposo.
A intoxicação
As mortes aconteceram no dia 1º de janeiro, em Balneário Camboriú. Os jovens foram encontrados desmaiados no BMW, estacionado dentro da rodoviária da cidade. Eles chegaram a ser socorridos, mas tiveram óbito confirmado no local.
As vítimas são Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos; Karla Aparecida dos Santos, de 19; Tiago de Lima Ribeiro, de 21; e Nicolas Kovaleski, de 16.
Na sexta-feira (12), as forças de segurança de Santa Catarina fizeram uma coletiva para dar algumas explicações do caso. Uma das confirmações, obtidas com os resultados de laudos da perícia, foi que os quatro jovens morreram por conta de uma intoxicação causada por monóxido de carbono.
A suspeita é de que houve um vazamento do gás tóxico dentro do veículo. Como o produto não tem cheiro, as vítimas acabaram inalando-o até morrer.