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Brasil Venda de livros no Brasil caiu mais de 7% em 2023

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Pesquisa mostra que os brasileiros se desconectam da leitura quando deixam a escola. (Foto: Reprodução)

A venda de livros caiu 7,13% em 2023. No ano passado, foram vendidos 54,4 milhões de livros no País — 4,2 milhões a menos que em 2022. O faturamento das editoras, porém, diminuiu apenas 0,78% (de R$ 2,54 bilhões para R$ 2,52 bilhões), graças a aumentos sucessivos de preço, consequência da alta nos custos de produção desde a pandemia. O preço médio do livro fechou 2023 em R$ 46,39 (alta de 6,83%). Os números são do 13º Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa realizada pela Nielsen Bookscan e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

O Natal também decepcionou os editores. No 13º período do ano (4 a 31 de dezembro), as vendas caíram 13,41% em relação ao ano anterior (de 5,7 milhões para 4,9 milhões de títulos comercializados). Em dezembro, o preço médio do livro atingiu R$ 52,74, alta de 12,38% em relação ao Natal de 2022. O faturamento do setor diminuiu 2,69% (de R$ 270 milhões para R$ 263 milhões) no 13º período em comparação com 2022. No entanto, houve aumento de 1,69% na bibliodiversidade, isto é, na variedade de títulos vendidos.

A venda de livros apresentou queda em 10 dos 13 períodos de 2023. A desempenho do setor piorou significativamente no segundo semestre. A última vez que as editoras registraram aumento de vendas foi em junho.

“Falava-se que apenas um milagre de fim de ano salvaria 2023 de um resultado inferior ao ano anterior. Ele não aconteceu”, afirmou, em nota, Ismael Borges, gerente regional da Nielsen Bookscan. “O destaque absoluto vai para o preço médio do livro, que pela primeira vez fecha o ano acima da inflação desde que existe o monitoramento Bookscan”, completou.

Presidente do SNEL, Dante Cid disse, também em nota, que “o mercado editorial atravessou o ano em buscas de alternativas que pudessem ocupar, mesmo que parcialmente, o lugar de livrarias físicas e virtuais que saíram do mercado”.

Em 2023, após anos de crise, a Saraiva, outrora a maior rede de livrarias do país, encerrou as atividades. “As feiras e festivais literários e a movimentação contínua de influenciadores digitais no último ano mostram também que o mercado tem espaço para rejuvenescer e encontrar novos leitores”, afirmou.

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