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Economia Poder de compra dos brasileiros cai quase pela metade em dez anos

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Devido à alta dos preços, brasileiros tiveram que cortar itens da lista de compras nos supermercados.

Foto: Freepik
Devido à alta dos preços, brasileiros tiveram que cortar itens da lista de compras nos supermercados. (Foto: Freepik)

O poder de compra dos brasileiros caiu quase pela metade entre 2013 e 2023. Isso ocorreu porque os preços dos produtos nos supermercados quase dobraram, enquanto o salário médio anual ficou praticamente estagnado.

Com R$ 100 a preços de dez anos atrás, era possível montar uma cesta de 13 produtos básicos para o carrinho do supermercado. Considerando as correções até o ano passado, os mesmos R$ 100 não compram metade das mercadorias selecionadas.

E essa necessidade de gastar mais enxugou a carteira dos brasileiros, já que o salário médio anual não acompanhou os reajustes de preços. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do País, subiu 88% em dez anos.

Já o salário médio anual dos brasileiros, considerando 13º e férias, por sua vez, aumentou cerca de 3% no período. Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o valor passou de R$ 38.484,44 para R$ 39.604,44.

O poder de compra dos brasileiros caiu em todos os anos desde 2013, apontou um estudo realizado pela consultoria financeira L4 Capital. Em 2013, por exemplo, o brasileiro ganhava um salário médio anual, sem descontar a inflação, de R$ 38.484,44 e tinha disponível para gastar com serviços e produtos um total de R$ 3.028,05 por mês (o equivalente a R$ 36.336,65 por ano, considerando a inflação).

Essa quantia inclui itens como mercado, aluguel, combustível, despesas pessoais etc. Com o tempo, porém, foi cada vez mais necessário cortar itens da lista de compras.

Assim, em 2023, apesar do salário anual nominal (sem os descontos da inflação) ser de R$ 39.604,44, a quantia disponível para gastar com produtos e serviços diminuiu 42%, para R$ 1.755 por mês (R$ 21.064,16 por ano).

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