Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2024
A incontinência urinária feminina (IUF) é definida como perda involuntária de urina e possui quatro tipos. Este distúrbio, que pode ser diagnosticado por meio de entrevista médica juntamente com exame clínico, costuma afetar a vida social das mulheres, especialmente a autoestima e o convívio social. Atinge, principalmente, mulheres na menopausa. Segundo estudo recente da Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 70% das mulheres em todo o mundo sofrem de incontinência urinária. Já no Brasil estima-se que 11 a 23% das mulheres tenham a doença.
Além da menopausa, outras causas são: queda do tônus muscular da região pélvica, obesidade, gestação prévia e problemas neurológicos. Segundo o urologista da Prime Care Medical Complex e membro Especialista pela Sociedade Brasileira de Urologia, dr. Fábio Tanno, a IUF pode acometer mulheres de qualquer idade, mas é mais comum durante a menopausa. “A porcentagem é maior em mulheres menopausadas, chegando a 25-50% nessa população”, comenta.
Casos femininos
Segundo o dr. Fábio Tanno existem quatro tipos distintos de IUF: a Incontinência Urinária de Esforço – a perda involuntária acontece quando a mulher faz alguma atividade com esforço físico (pulo, corrida ou musculação). “Pode acontecer até quando ela tosse ou espirra”, diz. A principal causa deste tipo é a queda no tônus muscular da região pélvica e da uretra. O segundo tipo é a Incontinência Urinária de Urgência – acontece a perda quando a mulher tem vontade de urinar e não consegue segurar, causada por contração involuntária da bexiga. O terceiro tipo é a Incontinência Urinária Mista, que é a associação dos tipos um e dois. E a quarta e última é a Incontinência Urinária por transbordamento, quando há perda de sensibilidade da bexiga (a mulher não sente que está cheia) e simplesmente “transborda”, gerando perdas urinárias involuntárias.
Diagnóstico
Para diagnosticar a IUF, o médico precisa de uma anamnese – entrevista prévia realizada durante a consulta – associada a um exame físico. “Existem outros exames que podem ajudar neste diagnóstico como: estudo urodinâmico, cistoscopia, ultrassonografia das vias urinárias e, por fim, exames de urina”, revela.
Para tratar a incontinência urinária feminina é importante antes saber qual a causa. “O tratamento vai depender disto, mas, podemos contar com fisioterapia pélvica, medicamentos para controle de contrações da bexiga (vesicais) e até cirurgia (nos casos em que se quer melhorar o tônus da uretra), como principais tratamentos”, finaliza.
Para as mulheres que querem prevenir a IUF, o ideal é controlar o peso, ter um acompanhamento médico – principalmente durante a menopausa – e fazer atividades físicas regulares. Para saber mais sobre a condição e obter ajuda profissional, a especialidade médica sugerida é o urologista ou ginecologista.