Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2024
Um artista performático está processando o Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York (EUA), alegando que os administradores do local não agiram contra visitantes que o estavam apalpando durante uma apresentação em que ele ficou nu, em 2010, como parte da exposição retrospectiva “Marina Abramovic: The Artist Is Present”.
As acusações foram apresentadas esta semana no Supremo Tribunal de Nova York, 14 anos após o incidente. John Bonafede pede indenização por sofrimento emocional, interrupção de carreira, humilhação e outros danos.
Bonafede reproduziu uma das obras mais famosas da sérvia Marina Abramovic da década de 1970, “Imponderabilia”, que exige que dois artistas nus fiquem frente a frente em uma porta estreita pela qual os visitantes são incentivados a passar para entrar em uma galeria adjacente.
O artista performático disse em documentos judiciais que os funcionários do MoMA “fecharam os olhos” às agressões e criaram um ambiente de trabalho hostil onde se esperava que os artistas se submetessem às ações dos membros indisciplinados do público, de acordo com reportagem do “New York Times”. Bonafede tinha até novembro para apresentar queixa por má conduta sexual, mas houve um acordo para prolongar este caso.
O MoMA não se pronunciou sobre o caso.
A retrospectiva de 2010 foi uma das exposições de museu mais marcantes da História recente, ajudando a legitimar ainda mais a performance no mundo da arte e transformando a artista sérvia numa celebridade global cuja dura preparação para a exposição foi retratada em documentário de 2012.
Marina Abramovic, de 77 anos, é conhecida como a “avó da arte da performance”.