Domingo, 17 de novembro de 2024
Por Carlos Roberto Schwartsmann | 30 de janeiro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Diz a lenda que quando o criador desenhou o litoral do Sul do Brasil, descendo Atlântico abaixo, ao passar por Torres, já cansado, deixou escorregar a varinha mágica e riscou o mar numa reta até o Chuí.
Este é o nosso mar: aberto, bravo e às vezes mostrando um sorriso achocolatado.
A nossa vista marítima foi modificada em 1970 quando inauguramos a “Plataforma de Atlântida”. Um braço em forma de “T” de 280 metros que adentra ao mar. Foi construída e mantida pela ASUPLAMA. (Associação dos Usuários da Plataforma de Atlântida).
Logo se tornou um ícone de turismo no litoral norte. A plataforma já recebeu 30.000 turistas por ano. É referência de localização no litoral e do alto da mesma se podia sentir no horizonte a magnitude, infinitude e a grandeza do mar.
Entre suas pernas, além dos peixes já transitaram centenas de animais marinhos: Lobos, pinguins e até baleias.
Ao lado, os surfistas consideram suas ondas provocativas e desafiadoras.
Na areia da praia, na base da plataforma, são muito disputados os espaços para os guarda-sóis e cadeiras.
Este é o cenário das grandes plataformas do mundo.
A maior, Skyway Fishing Pier, em St. Petersburg, na Flórida, possui mais de 2.000 metros e o Oceanside Pier, em San Diego, na Califórnia, é um pouco menor.
Aqui no brasil a plataforma de Mongaguá, em São Paulo, é a maior do País. Tem 400m e recebe 80 mil turistas por ano.
No dia 15/10/2023, a nossa plataforma desabou no mar. A imagem dela destruída causou dor, comoção e indignação. Ela alegrou nossa paisagem durante 53 anos!
Entretanto, recentemente recebemos a notícia, com satisfação, que a ponte em nova Roma do Sul foi construída sem dinheiro público, finalizada após 138 dias da queda da antiga ponte.
Custou 5,7 milhões e devolveu a cidade o acesso a Farroupilha.
Ciente que toda economia do município passava pela ponte, a comunidade arcou sozinha com todos os custos. Na previsão governamental, a ponte ficaria pronta em um ano e o orçamento seria de cinco vezes maior. Que constrangimento!!
No futuro próximo espero que este feito histórico da Serra possa ser repetido no nosso litoral.
Salvemos a nossa querida plataforma de Atlântida! Será que vamos conseguir!? Ela esta pedindo socorro!!
Carlos Roberto Schwartsmann – médico e professor universitário
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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