Domingo, 13 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2024
A presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), processou o X (antigo Twitter) depois de ter seus dados pessoais vazados por um usuário da rede. A ação foi protocolada na 12ª Vara Cível de Brasília na segunda-feira (29).
Em nota, a assessoria de Gleisi disse que a ação pede a suspensão de um “perfil específico” da rede social. Pede ainda a retirada de duas publicações que direcionam os usuários a uma lista de dados da deputada e de seus familiares.
A petição apresentada pela defesa caracteriza o vazamento de dados como “violação de privacidade”. Além da ação, os advogados de Gleisi também avaliam outras medidas judiciais e extrajudiciais.
A presidente do PT é representada na ação pelos advogados Angelo Ferraro, Marina Paim e Gean Ferreira, todos da Ferraro, Rocha e Novaes Advogados.
“A deputada Gleisi Hoffmann ingressou neste fim de semana com uma ação cível, em Brasília, em face do Twitter Brasil, para que seja determinada judicialmente a suspensão de um perfil específico da rede social e a retirada de duas publicações que direcionam para uma lista de dados pessoais da deputada e seus familiares. A petição caracteriza o delito como violação de privacidade. Outras medidas judiciais e extrajudiciais estão sendo avaliadas”, diz a nota.
Corrupção
Gleisi disse que a ONG Transparência Internacional passou dos “limites” em seu relatório anual. O Brasil perdeu 2 pontos no IPC (Índice de Percepção da Corrupção) de 2023 e caiu 10 posições no ranking global divulgado nessa terça-feira (30), ficando na 104ª posição entre os 180 países listados.
Em uma análise publicada no site da Transparência Internacional, a organização diz que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “avançaram em processos que visam aumentar a legitimidade e independência do poder judiciário através da nomeação de pessoas de confiança”. A ONG classificou como “preocupante” e “polêmica” a decisão do petista de nomear seu ex-advogado Cristiano Zanin para o STF (Supremo Tribunal Federal).
“Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR [Procuradoria Geral da República], revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a Lula e ao PT”, declarou a presidente da sigla em seu perfil no X (ex-Twitter).
Gleisi questionou se a organização queria que o petista indicasse um “procurador-geral e ministros lavajatistas”.
Ela afirmou que “investigações sérias” revelaram que a ONG foi “cúmplice” do senador e ex-juiz da Lava-Jato Sérgio Moro (União Brasil-PR) e do ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) “na perseguição a Lula e ao PT”. Também acusou os dirigentes da ONG de se tornarem “sócios nas tentativas da dupla de se apropriar de recursos públicos ilegalmente, o que foi felizmente barrado pelo STF”.
“Expliquem antes quem financia vocês, abram suas contas, expliquem os negócios em que se envolveram com Moro e Dallagnol”, criticou Gleisi.
De acordo com a deputada, “poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava-Jato quanto a tal Transparência Internacional, que de transparente só tem o nome”.