Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2024
Explosão causou a morte de um morador e deixou outras oito pessoas feridas
Foto: MP/DivulgaçãoO MP (Ministério Público) do Rio Grande do Sul segue realizando reuniões e negociações com o objetivo de recuperar os imóveis e buscar soluções de moradia para as pessoas que ficaram desabrigadas após a explosão causada por vazamento de gás em um condomínio localizado no bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre, no dia 4 de janeiro.
Conforme o promotor de Justiça Cláudio Ari Mello, coordenador do Centro de Apoio Operacional da Ordem Urbanística e Questões Fundiárias, as seguradoras contratadas pelos proprietários, quando fizeram o financiamento dos imóveis junto à Caixa Econômica Federal, farão a recuperação dos imóveis das torres 9, 11 e 12, que foram atingidas pela explosão, e pagarão os custos para a reconstrução da torre 10, onde ficava a unidade em que houve o estrondo.
“Quando os imóveis das torres 9, 11 e 12 estiverem recuperados e a torre 10 estiver reconstruída, as unidades serão disponibilizadas novamente aos proprietários, incluindo os apartamentos da torre 10, que será integralmente reconstruída”, disse o promotor.
As seguradoras pagarão as parcelas dos financiamentos enquanto as unidades estiverem sendo recuperadas, sem ônus adicional aos mutuários, de modo que os mesmos não terão custos com financiamento até terem seus imóveis prontos para ocupação.
Segundo o MP, a Construtora Tenda não cobrará as parcelas das dívidas dos proprietários da torre 10 pelo prazo de seis meses e das torres 9, 11 e 12 pelo período de três meses, a fim de permitir que os moradores possam ter recursos suficientes para locarem imóveis enquanto aguardam a recuperação de seus apartamentos.
O condomínio e a sua administradora estão providenciando a contratação da própria Construtora Tenda para a recuperação das unidades atingidas e da torre destruída pela explosão, além da remoção da parte da torre 10 que se encontra sob risco de queda.
Além disso, a Tenda já contratou e disponibilizou aos moradores do condomínio atendimento psicológico e social especializado, que estará disponível ao menos pelos próximos dois meses.
Com auxílio da Defensoria Pública, que fez busca ativa por imóveis para locação para o período em que os moradores estiverem aguardando a recuperação ou a reconstrução de seus imóveis, os desabrigados já estão procedendo algumas dessas locações.
Por fim, estão sendo elaborados por uma empresa especializada os laudos de estanqueidade (se há ou não a existência de vazamento de gás na tubulação), que permitirão que os moradores das unidades não atingidas pela explosão possam ter novamente o fornecimento do serviço de gás, hoje suspenso por razões de segurança.
“O Ministério Público aguarda a finalização do laudo pericial do Instituto Geral de Perícias para examinar a responsabilidade civil e criminal pelo evento”, concluiu Cláudio Ari.
A explosão no terceiro andar da torre 10 aconteceu na madrugada do dia 4 de janeiro e, com o risco de colapso do prédio, as torres 9, 11 e 12 foram interditadas, e os moradores impossibilitados, desde então, de acessar as suas moradias.
Quatro dias após a explosão, o morador Tiago Lemos, de 38 anos, morreu. Ele estava internado com queimaduras graves no Hospital Cristo Redentor. Outras oito pessoas ficaram feridas, entre elas dois bombeiros.