Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 4 de fevereiro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Além da fatura das incontáveis regalias que parlamentares impõem ao pagador de impostos, o cidadão também arca com milionária folha de pagamento de aposentadorias de 66 ex-senadores. Os vencimentos vão de R$8.330,18 até R$40.698,89. A mais longeva mamata é paga a Luiz Fernando Freire, que se aposentou aos 29 anos. Entre 1963 e 1967, foi deputado federal e passou três anos (1980-1983) como senador ao assumir o mandato de Henrique de La Rocque, nomeado para o TCU.
Cresce a lista
Em 2023, mais quatro nomes engrossaram a folha de pagamento: Maria do Carmo Alves, Fernando Bezerra Coelho, Vanessa Gazziotin e…
Auxílio-reclusão?
…Telmário Mota! O ex-senador pouco curtiu os R$8.330,18. O pé de meia começou a ser pago em julho. Em outubro, Mota acabou preso.
Homem do dinheiro
O maior contracheque é do hoje deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy: R$40,6 mil depositados todo santo mês.
Folha milionária
A inchada folha de pagamento com as aposentadorias das 66 excelências está em R$1.409.468,69.
‘Tradução da bula’ expõe incompetência na Saúde
A espera pela “tradução da bula, do japonês para o português” é a nova desculpa do Ministério da Saúde para a demora na distribuição e aplicação da vacina contra dengue, doença que já atormenta cerca de 250 mil brasileiros. A desculpa caricata apenas esconde a incompetência da pasta para resolver problemas de saúde pública e a ineficiência geral do setor público para cumprir sua obrigação: há semanas, farmácias e laboratórios privados oferecem a mesma vacina. Com bula traduzida.
Eficiência privada
Enquanto o Ministério da Saúde se revela preguiçoso em seu labirinto, laboratórios privados aplicam vacinas ao preço médio de R$300.
Chama o japonês
Se o problema é só traduzir, qualquer um de centenas de tradutores juramentados de japonês que atuam no País resolveria o problema.
Expectativa frustrada
O problema é que a quantidade de vacinas equivale a pouco mais de 1% da população e sua eficácia se dá após a 2ª dose, seis meses depois.
Doador fiel
Desde 2016 Marco Cepik, novo nº 2 da Abin, faz doações regulares a candidatos esquerdistas. O valor é até modesto, mas representativo, R$3.450 para comunas de Minas, Rio Grande do Sul e Paraná.
O difícil
Para Flávio Bolsonaro, elogio de Lula a Tarcísio de Freitas quando era ministro de Jair Bolsonaro não é surpresa. “Elogiar ministros de Bolsonaro é fácil, difícil é elogiar ministros de Lula”, arremata o senador.
É ficha limpa
Tarcísio de Freitas (Rep) não caiu na provocação da claque petista que aproveitou evento com Lula e pediu para o governador voltar para o PT. “Nunca fui do PT”, disse momentos depois o governador de São Paulo.
Gratidão
Tem ar de atraso a ida de Lula na Volkswagem, sexta (2), mas a motivação do ex-metalúrgico é outra: ele sempre foi grato à fábrica onde teve carteira assinada e que sempre foi tolerante com suas ausências.
Diária das boas
O Senado separou uma grana para gastar com projeções na fachada do Congresso. A diária, que dura 4 horas, está estimada em R$70 mil. O valor total do contrato prevê dez diárias, ou R$700 mil. Dinheiro nosso.
Judicializou geral
Cresceu 40% em relação ao ano anterior o número de ações recebidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) somente no recesso, de 20 de dezembro a 31 de janeiro. Foram 9.534, sendo 6,1 mil habeas corpus.
Sem chance
Damares Alves (Rep-DF) disse ao podcast do Diário do Poder que não acredita na aprovação, neste ano eleitoral de 2024, do fim dos saidões nos presídios. O prazo é curto pré-eleição e depois, “só Orçamento”.
Ladeira abaixo
Com a confirmação de que o Brasil piorou 10 posições no ranking que mede a percepção da corrupção, a deputada Rosângela Moro (União-PR) concluiu, desolada: “A luta contra a corrupção está em queda livre”.
Pensando bem…
…o problema não é voltar ao PT, é o contrário.
PODER SEM PUDOR
Pontaria ruim
Nos anos 1940, o deputado Otávio Mangabeira (UDN) foi representar a Câmara em uma demonstração de tiro da Marinha, em alto mar. Não gostou da missão porque detestava exibições militares. Durante o exercício, era visível o seu desinteresse. O comandante resolveu ir à forra quando percebeu que o absorto Mangabeira tomou um susto com um dos tiros: “Ora, deputado, não vá me dizer que está com medo…”
Mangabeira foi rápido no gatilho: “Estou sim, almirante. É que o único lugar seguro, por aqui, é o alvo!…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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