Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2015
A FCDL reuniu a imprensa na manhã desta terça-feira (15) para apresentar um balanço setorial de 2015, com perspectivas para 2016. Os dados foram baseados em estudos realizados pela área econômica da entidade e foi apresentado por seu presidente, Vitor Augusto Koch. Segundo ele, o percentual negativo nas vendas do varejo gaúcho, de 11,08%, “é reflexo de décadas de gestão deficiente das contas e serviços públicos e pela imaturidade de nossos representantes eleitos, o que originou uma das mais profundas crises políticas da história do Brasil”.
De todos os setores analisados, o que apresentou crescimento foi o de artigos farmacêuticos e médicos, pela interpretação da longevidade e modernidade setorial. Os demais sofreram decréscimo. A perda nos empregos formais foi de 86 mil postos em relação a 2014, mas que, sob o aspecto positivo, representam apenas 2,77% da força de trabalho existente, o que resulta em 97,23% das vagas mantidas. A análise da FCDL está baseada na retenção de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas, que chega a 67.513 postos, “reduzindo o efeito direto da desocupação em 18.5 mil vagas, ou seja, a queda da empregabilidade no Estado ficou restrita a 0,6% frente a 2014”, aponta Koch.
O número de estabelecimentos comerciais se manteve praticamente estável. São 106 mil computados em 2015 e 104 mil em 2014. O número de funcionários do varejo igualmente manteve equilíbrio, com 533 mil em 2015 e 542 mil em 2014, ou seja, 1,6% a menos dos empregos no comparativo do período.
A expectativa da entidade é de uma inflação na casa dos 8% em 2016. Atualmente os esforços estão centrados na orientação ao lojista para a retomada do carnê, em substituição aos cheques especiais, devido as altas taxas de juros cobradas pelo sistema financeiro. Com um olhar otimista, o presidente diz que os estudos apontam uma expectativa para a retomada do consumo entre 1,5% e 2,8% no próximo ano, em função da retração vivenciada pelo setor e que deverá ser retomada, mesmo que de forma modesta. Outro ponto favorável, segundo Vitor Koch, é que ele acredita na existência de renda, que se bem trabalhada, poderá resultar em retorno. Para tanto, atrativos deverão ser criados pelos lojistas, com forte apoio na qualificação do atendimento.