Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2024
Enquanto o governo Lula ainda estuda como reduzir o preço das passagens aéreas, a aparente contradição brasileira de ter bilhetes nas alturas e aeroportos lotados será uma tônica do carnaval de 2024. Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, a superlotação é um problema global, e é impossível blindar o País desse inchaço.
“Os aeroportos no mundo todo têm apresentado excesso de passageiros. Se você for pegar um voo em Madri, em Londres, em Dubai, você vai ver, estará lotado de gente”, afirmou o ministro. Segundo ele, “não dá para evitar que o Brasil não esteja suscetível a isso”. De acordo com pesquisas feitas pelo Ministério do Turismo, mais de um terço da população brasileira deve viajar no carnaval.
Alçado ao cargo em julho por indicação do União Brasil, Celso Sabino, porém, defende a estrutura aeroportuária brasileira, diz que é preciso ser “ufanista” e “aconselha” todo mundo a viajar dentro do Brasil. “Em Londres, são quase duas horas de fila na imigração. Aqui, a Polícia Federal dá celeridade. Nessa fila de imigração [no exterior], você não vê ninguém reclamando. No Brasil, se você precisa esperar 30 minutos, o brasileiro reclama do seu próprio País”, declarou.
O ministro tem um mantra para tentar blindar o setor da crise de segurança pública: nas viagens internacionais, vai destacar que o Brasil está entre os 15 países mais seguros do mundo para viajar em 2024, de acordo com pesquisa da seguradora americana Berkshire Hathaway Travel Protection, ligada ao megainvestidor Warren Buffett.
Para Sabino, o Brasil não está aquém de outros países. “Temos uma infraestrutura de grandes aeroportos, e boa parte deles será ampliado pelo PAC. Então, eu vejo que nós não estamos devendo nada para ninguém, não”, concluiu.
Orçamento
Sobre o veto do presidente Lula a emendas do Orçamento da União e que teve o Ministério do Turismo como um dos mais afetados, Sabino disse que irá trabalhar com as ferramentas que tiver, e buscando a máxima eficiência. “Se nós tivermos aqui R$ 1 para investir, vamos trabalhar com esse R$ 1. Se for, R$ 1 bilhão, trabalharemos com R$ 1 bilhão. Vamos jogar conforme a regra do jogo”, enfatizou.
Questionado se espera que o veto seja derrubado pelo Congresso, Sabino afirmou “ que esse é o processo legislativo: o governo propõe, o Congresso promove alterações, o governo sanciona ou veta, e depois volta para o Congresso derrubar ou manter os vetos. Funciona dessa forma na democracia”.