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Geral Apesar de as projeções indicarem perda de fôlego da inflação, existe uma preocupação com a alta de preços de serviços

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Apesar de as projeções indicarem perda de fôlego da inflação como um todo, existe uma preocupação com a alta de preços de serviços, que é alimentada principalmente pela recuperação do mercado de trabalho.

O ano de 2023 fechou com taxa média de desemprego de 7,8%, o menor resultado desde 2014. Há no País 100,7 milhões de ocupados, uma marca recorde. No ano passado, a massa real de rendimentos do trabalho ficou em R$ 295,6 bilhões, a maior da série do IBGE, com alta de 11,7% ante 2022.

Segundo o economista Luis Eduardo Assis, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), a inflação de serviços não está tão tranquila quanto poderia. Isso porque ela tem forte correlação com o desemprego, que está historicamente muito baixo, e com o nível de atividade que, por sua vez, depende da taxa de juros. “Isso que desanima o Banco Central a ser mais ousado no corte dos juros”, afirma Assis.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, houve um corte de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, para 11,25% ao ano. A sinalização do BC é de que os próximos cortes sejam também dessa magnitude. Na ata da reunião, consta que o colegiado ficou mais atento ao cenário doméstico, aos reajustes salariais e ao impacto na inflação de serviços.

“O setor de serviços é realmente um desafio para a política monetária”, afirma André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Braz explica que uma parte dos serviços tem uma certa rigidez de preços. Por isso, torna-se mais difícil uma desaceleração. Entre os fatores que contribuem para esse rigor, ele aponta uma dose de indexação de alguns tipos de serviços, como despesas de condomínio e mensalidades escolares, por exemplo.

Pesam nos reajustes de preços desses segmentos o comportamento da inflação passada, os aumentos das tarifas, como a de energia elétrica, e os dissídios dos trabalhadores empregados no setor.

Outro ponto que também joga a favor dessa rigidez, segundo o economista, é a taxa de juros. No aluguel, por exemplo, quando o juro básico está em patamares elevados como o atual, as pessoas optam por alugar uma moradia no lugar de comprar um imóvel, por causa do custo elevado do financiamento. Esse é mais um fator que acaba pressionando os preços do aluguel, um serviço importante na inflação, e dificultando a desaceleração.

De acordo com economistas, a perspectiva da inflação de serviços neste ano é de desaceleração em relação a 2023, mas ainda assim o resultado será superior ao IPCA como um todo.

Nas projeções de Braz, a inflação geral medida pelo IPCA deste ano deve ficar em 3,7%, com os serviços subindo entre 4% e 4,5%. Nas contas do economista da LCA Consultores Fabio Romão, o IPCA de 2024 deverá ficar em 4% e os serviços devem subir 4,3%.

Romão pondera que, como os serviços não são itens comercializáveis, isto é, passíveis de importação, normalmente a inflação do setor costuma ficar acima do índice geral de inflação da economia. De toda forma, há um ponto de atenção nas previsões deste ano para a inflação de serviços.

Para 2024, a inflação esperada de serviços subjacentes, que são aqueles que excluem os serviços com grande variação sazonal nos preços, como passagens aéreas, hospedagem, cursos regulares e serviços domésticos, é de 5%, ante 4,8% em 2023, segundo Romão. “A inflação subjacente de serviços praticamente não vai desacelerar em 2024”, ressalta.

Em janeiro de 2024, a inflação subjacente dos serviços, que, na prática, é uma espécie de núcleo e indicador de tendência dos preços desse setor, fechou com alta de 0,76%. O resultado ficou acima da previsão da LCA, que era alta de 0,6%. Também é quase 50% maior que o mês anterior (0,51%) e ficou acima de janeiro de 2023 (0,58%). “O resultado de janeiro incomodou, é um sinal amarelo”, diz Romão. Ele atribui esse número a altas de preços em serviços pessoais, como manicure, cabeleireiro e serviço bancário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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