Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2024
A Seleção Brasileira de futebol masculino está de fora dos Jogos de Paris (2024). Jogando no domingo (11) em Caracas, na Venezuela, o escrete verde e amarelo foi derrotado por 1 a 0 para a Argentina, em confronto pela rodada final do Pré-Olímpico. Depois de 1980, 1992 e 2004, esta será a quarta Olimpíada sem a presença da “Canarinho” – desde 1960, as equipes têm que garantir a vaga por meio de torneios classificatórios.
Antes, de 1900 (segunda edição das Olimpíadas) a 1956, era só se increver. Mesmo assim, o Brasil participado somente de Helsinque, na Finlândia (1952).
Ganhador da Medalha de Ouro nas duas últimas edições dos Jogos, o Brasil encerrou a sua participação no quadrangular final com três pontos (uma vitória e duas derrotas), sendo ultrapassado pelos argentinos, classificados para Paris com cinco pontos. Já a outra vaga é do Paraguai, que se tornou campeão do torneio classificatório, com 7 pontos. O título foi obtido com uma vitória de 2 a 0 sobre a anfitriã Venezuela (estagnada em 1 ponto).
Além de Paraguai e Argentina, já carimbaram o passaporte olímpico a França (anfitriã) e os seguintes times, por continente: Espanha, Israel e Ucrânia (Europa), Marrocos, Egito e Mali (África), República Dominicana e Estados Unidos (Américas Central, do Norte e Caribe) e Nova Zelândia (Oceania).
O Brasil do técnico Ramon Menezes teve em campo Mycael; Khellven, Arthur Chaves, Lucas Fasson, Rikelme (Giovane), Andrey Santos, Alexander, Gabriel Pirani (Bruno Gomes), Maurício (John Kennedy), Guilherme Biro (Gabriel Pec) e Endrick (Marquinhos).
Já a Argentina, com o comando de Javier Mascherano, escalou Brey; Lujan, Marcos Di Cesare (Garcia), Nicolás Valentini, Valentín Barco, Sforza, Ezequiel Fernández, Medina (Echeverry), Almada, Gondou (Quirós) e Santiago Castro (Solari).
A partida teve no apito o árbtitro Christian Garay (Chile), auxiliado por Miguel Svigilky, Juan Santibanez (Chile) e Leodan González (Uruuguai).
Duelo
O escrete verde e amarelo se classificaria com um vitória e teria grande chance com empate, mas estaria fora em caso de derrota. Pois o pior aconteceu, com uma cabeçada de Gondou aos 33 minutos o segundo tempo.
Ramon Menezes surpreendeu colocando no banco John Kennedy (herói do título do Fluminense contra o Boca Juniors na final da Libertadores) para a entrada de Biro. A modificação deixou a Seleção mais recuada, tendo no ataque apenas Endrick, do Palmeiras.
Outra alteração foi voltar com Alexsander, do Fluminense, para o meio e Rikelme de volta à lateral. Com a alteração, Gabriel Pec, do Vasco, também foi para o banco. Tirando um chute de Alexsander raspando a trave direita do goleiro Brey, o Brasil não assustou.
Já a Argentina foi dominante, teve maior posse (60%), buscou muitos cruzamentos na área brasileira e criou a melhor chance com uma falta de Almada na trave.
O segundo tempo mostrou um Brasil apático em campo. Aos 13 minutos, Ramon Menezes, enfim mexeu e colocou John Kennedy e Gabriel Pec. Os dois deram novo ânimo ao time. Kennedy puxou três bons ataques. Pec perdeu a chance de ouro do Brasil. A bola rebateu na área e sobrou limpa para o jogador que bateu rasteiro, no canto esquerdo de Brey que fez a defesa da partida e jogou a bola para escanteio.
Ramon parecia satisfeito com o empate. O Brasil só não avançaria se a Venezuela vencesse o Paraguai por um gol de diferença. Então, o treinador decidiu tirar Endrick, astro da equipe.
Mas a Argentina manteve a pressão e, enfim, estufou a rede. Barco cruzou na área e Gondou no meio da zaga, subiu e marcou. O Brasil, foi para o desespero e não levou mais gols por causa de grande defesa de Mycael em chute de Almada e da trave em chute de Barco.