Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2015
A greve dos médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) completou 102 dias, nessa terça-feira, em todo o Brasil. De acordo com a Previdência Social, 30% da categoria continua em atividade, mas o que se vê é que, desde o início do movimento, as agências estão cheias.
A copeira Francisca Silva conta que é a quarta vez que vai à agência do INSS, no bairro Alemanha. Com problema na coluna, ela diz que ainda não conseguiu fazer a perícia médica e, sem o laudo pericial, não pode receber o auxílio-doença enquanto está afastada do trabalho.
“Não estou recebendo nada. Nem da empresa e nem do INSS. A minha filha mais velha que trabalha, nem um salário ela ganha, ela ganha 500 reais. Com esse que ela se mantém e me ajuda.”
O INSS calcula que o tempo médio de espera para agendar uma perícia passou de 20 dias, antes da greve, para 49 dias ou mais. A categoria disse que as negociações com o governo federal estão travadas.
“Esse retardo é prejudicial à população sim, já está havendo um acúmulo muito grande de atividades e a gente pede para que o governo veja esse ponto da questão da carreira. A categoria pediu o aumento salarial por perda inflacionária, mas esse não é o ponto principal. O principal é melhorar a nossa atividade”, explicou a representante da Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência Social do Maranhão, Érika Pereira. (AG)