Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de fevereiro de 2024
Líder do Kremlin tem sido acusado de responsabilidade na morte de Alexei Navalny.
Foto: EBCOs Estados Unidos anunciarão nesta sexta-feira (23) um “severo” pacote de sanções à Rússia pela morte de Alexei Navalny, líder da oposição ao governo de Vladimir Putin. As informações foram adiantadas pelo porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nessa terça (20).
O pacote irá “responsabilizar a Rússia pelo que aconteceu com Navalny” e pelas ações do governo russo ao longo da guerra na Ucrânia, disse Kirby. As sanções dos EUA coincidirão com o aniversário de dois anos da guerra na Ucrânia, no sábado (24). Kirby não forneceu detalhes sobre as sanções que serão tomadas.
A causa da morte de Navalny ainda não foi revelada, mas John Kirby insistiu na opinião da comunidade internacional, de que a responsabilidade pela morte recai sobre o presidente russo Vladimir Putin. “Independentemente da resposta científica, Putin é responsável por isso,” disse.
Ainda não se sabe a causa da morte. O Serviço Penitenciário Federal da Rússia disse que Navalny perdeu a consciência durante uma caminhada e passou mal, e os médicos não conseguiram o reanimar.
O governo russo disse que está realizando inspeção no corpo de Navalny, mas se nega a dar mais informações a respeito. A família denuncia que não tem acesso ao corpo e não sabe onde o corpo do opositor de Putin está, e que não recebe atualizações. A viúva de Alexei Navalny, Yulia, e sua mãe, Lyudmila, acusam a gestão Putin de esconder o corpo para ocultar sinais de assassinato.
O opositor de Vladimir Putin morreu na última sexta (16) em uma prisão na Rússia e a suspeita é de que ele tenha sido assassinado a mando do presidente.
“Devolvam o corpo de Alexei e deixe-o ser enterrado com dignidade, não impeça as pessoas de se despedirem dele. E peço a todos os jornalistas: não perguntem sobre mim, perguntem sobre Alexei”, disse Yulia na rede social X (antigo Twitter).
O opositor do atual governo foi sentenciado à prisão até completar 74 anos por acusações que, segundo ele, foram forjadas para mantê-lo afastado da política.
Os Estados Unidos e a União Europeia culparam o governo Putin pela morte. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou estar “profundamente entristecido e perturbado” pela morte e exigiu que a Rússia esclareça as circunstâncias do ocorrido.