Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de fevereiro de 2024
Guimarães diz que separação não pode ser irreconciliável: "Eleição passa e governo continua".
Foto: Bruno Spada/Agência CâmaraO líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), vai propor que o PT proíba alianças com o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano para as prefeituras e câmaras municipais. Um dos vice-presidentes do PT, Guimarães também quer que partidos da base de sustentação do governo firmem um “pacto de não-agressão” na campanha, embora admita que a tarefa seja difícil.
“Eu vou defender que o PT não faça aliança com o PL de Bolsonaro”, disse Guimarães. “Não podemos fazer aliança com quem atenta contra a democracia e o estado democrático de direito”, completou o deputado.
Para o parlamentar, os governadores e prefeitos que compareceram ao ato convocado por Bolsonaro no domingo (25), na Avenida Paulista, são “cúmplices do golpe”. A lista inclui o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina).
Resolução
Em 28 de agosto, a cúpula petista aprovou uma resolução sobre política de alianças que, mesmo sem citar a sigla PL, permite coligações com candidatos do partido a prefeituras, desde que apoiem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha pela reeleição, em 2026.
Guimarães argumenta, porém, que é necessário deixar a ordem mais explícita na próxima reunião do Diretório Nacional, em 26 de março. “O PT precisa ter uma diretriz sobre isso. Até agora, não autorizou nem proibiu (a aliança)”, afirmou ele.
Embora o PT de Lula e o PL de Bolsonaro protagonizem um duelo nacional, há negociações paroquiais entre os dois partidos em cidades do Rio, Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí, entre outros Estados. Ainda que não oficiais, muitos desses acertos para as eleições são fechados nos bastidores.