Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de março de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tiveram uma reunião bilateral na semana depois do encontro da 8º Cúpula das Comunidades de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em São Vicente e Granadinas.
Segundo o Palácio do Planalto, Lula e Maduro conversaram sobre o combate ao garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami, que abrangem áreas dos dois países, economia e a dívida que a Venezuela tem com o Brasil, buscando alternativas para equacionar a questão e as trocas comercias.
Os presidentes também conversaram sobre eleições, uma vez que a falta de transparência no processo é uma das principais críticas ao líder venezuelano, considerado um ditador pela direita brasileira.
Com o pleito presidencial no segundo semestre, Nicolás Maduro disse ter articulado um acordo com partidos de oposição na Assembleia Nacional e afirmou que haverá observadores internacionais e auditoria.
Por outro lado, o presidente Lula afirmou que as tensões em Essequibo, região da Guiana que faz fronteira com a Venezuela, não foram debatidas com Maduro. O presidente venezuelano mobilizou tropas para tentar anexar o espaço, em dezembro do ano passado, mas não chegou a realizar uma invasão.
O petista havia se encontrado com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, no último dia 29 de fevereiro, mas também disse não ter debatido a questão. Lula ainda ressaltou que o tema pode ser debatido posteriormente, “em um fórum mais apropriado”, e que o Brasil estará disponível para contribuir na promoção e manutenção no continente.
Segundo encontro presencial
Este é o segundo encontro presencial entre Lula e Maduro desde que o petista voltou a assumir o Executivo brasileiro. Em maio de 2023, o presidente venezuelano classificou a primeira reunião como histórica e disse que o Brasil havia fechado as portas para o país vizinho durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Já nesta semana, Maduro disse que definiu o segundo encontro como “muito bom”, e disse que o diálogo serviu para “fortalecer a cooperação” entre as nações.