Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de março de 2024
O BC destacou também haver "perspectivas favoráveis para a inflação subjacente" (ou seja, a tendência da inflação).
Foto: ReproduçãoO Banco Central da Argentina anunciou nessa segunda-feira (11) a redução da taxa básica de juros do país de 100% para 80% ao ano.
Ao justificar a decisão, a autoridade monetária afirmou que, “desde 10 de dezembro de 2023, a situação econômica apresenta sinais visíveis de redução da incerteza macroeconômica”. Disse ainda que o país está em uma “trajetória de queda da inflação no varejo”.
Em fevereiro, a inflação na Argentina alcançou um índice de 254,2% em 12 meses, segundo o instituto oficial de estatísticas, o Indec. Trata-se de uma das variações interanuais mais altas do mundo. Em janeiro, no entanto, o indicador desacelerou para 20,6% – abaixo dos 25,5% de dezembro.
Em comunicado, o BC argentino destacou duas frentes para a decisão: – a normalização do sistema de pagamento doméstico; e a normalização do sistema de pagamento externo.
De acordo com a autoridade monetária, há uma trajetória de queda da inflação no varejo, “apesar do forte peso estatístico que a inflação carrega nas suas média mensais”. O BC destacou também haver “perspectivas favoráveis para a inflação subjacente” (ou seja, a tendência da inflação).
Ainda segundo o Banco Central argentino, há uma “moderação, em termos reais, da questão monetária”, com uma “consequente melhoria do balanço do BC”.
A autoridade monetária argumentou também que o país tem conseguido uma “acumulação sustentada de reservas internacionais”.
“A partir de 10 de dezembro de 2023, o BC conseguiu comprar de forma constante 9,6 bilhões de dólares no MLC, revertendo a tendência anterior em 2023, em que as reservas internacionais líquidas caíram 23,4 bilhões de dólares”, diz o comunicado.
Segundo o BC argentino, outro fator é a “estabilidade da diferença entre o preço oficial do dólar e as cotações paralelas, além da correção para baixo do preço dos contratos futuros de dólar na taxa de câmbio oficial”.