Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de março de 2024
A jornada de 320 km deve durar até dois dias, conforme autoridades cipriotas.
Foto: Open Arms/DivulgaçãoO primeiro navio da ONG espanhola “Open Arms” partiu nesta terça-feira (12) do Chipre em direção à Faixa de Gaza. A população do território palestino enfrenta a ameaça de fome após mais de cinco meses de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
A jornada de 320 km deve durar até dois dias, conforme autoridades cipriotas.
A ONU estima que 2,2 milhões de pessoas, a maioria da população, correm o risco de morrer de fome na Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, 25 pessoas, incluindo 21 crianças, faleceram devido à desnutrição e desidratação nos hospitais desde o início do conflito.
Diante da grave situação humanitária em Gaza, a União Europeia busca estabelecer uma rota marítima a partir do Chipre, o país do bloco mais próximo do Oriente Médio. Isso ocorre porque os acessos terrestres, controlados por Israel, estão bloqueados.
O primeiro navio a utilizar esse corredor marítimo partiu de um porto localizado a 370 quilômetros da Faixa de Gaza.
A embarcação transporta quase 200 toneladas de alimentos, como arroz, farinha e conservas, que serão distribuídos pela organização World Central Kitchen (WCK), liderada pelo chef hispano-americano José Andrés.
Chipre já está preparando um segundo navio, de maior porte, conforme afirmou o chefe da diplomacia da ilha, Constantinos Kombos, propondo um processo mais sistemático e com volumes maiores.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou a partida do primeiro navio como um “sinal de esperança”. “Vamos trabalhar duro para garantir que muitos outros navios sigam o exemplo”, declarou em uma rede social.
Nos últimos dias, países como EUA, Jordânia, Egito, França, Holanda e Bélgica têm lançado pacotes de ajuda humanitária de paraquedas de aviões. Simultaneamente, um navio militar partiu dos Estados Unidos no sábado com o equipamento necessário para construir um cais para descarregar a ajuda.