Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de março de 2024
Funcionário já havia sido afastado pelo clube após a primeira denúncia de importunação sexual
Foto: Ricardo Duarte/InterA Polícia Civil informou nesta quinta-feira (14) que o intérprete do Saci, mascote do Inter, foi indiciado por importunação sexual contra duas mulheres no Grenal disputado no Beira-Rio em 25 de fevereiro pelo Gauchão. O clube, por sua vez, comunicou que o ator não faz mais parte do quadro de funcionários do Colorado.
Uma das denúncias foi feita pela repórter Gisele Kümpel, do Canal Monumental. No dia 3 deste mês, a Justiça concedeu medidas protetivas para a jornalista. Ela alega que foi abraçada e beijada sem consentimento pelo intérprete do Saci após o terceiro gol do Inter no clássico. O Colorado venceu a partida por 3 a 2.
O segundo caso foi relatado por uma torcedora colorada que pediu para tirar uma foto com o Saci. O intérprete teria dito que “se sentia como um adolescente na puberdade ao lado dela”. A mulher também teria sido tocada na região dos seios, conforme a Polícia Civil.
“Com base nos elementos informativos colhidos durante o trâmite do procedimento, constatou-se que o suspeito cometeu o crime de importunação sexual contra as duas vítimas”, informou a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre.
Logo após a primeira denúncia, o funcionário do Inter foi afastado pelo clube, que enviou à polícia imagens das câmeras do Beira-Rio.
Em nota divulgada nesta quinta, o Internacional comunicou que o ator que interpretava o Saci não faz mais parte do quadro de funcionários do Inter. “O Clube reitera que segue à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários para a depuração dos fatos. Também reforça sua solidariedade com as mulheres envolvidas neste episódio, seguindo à disposição tanto delas quanto das autoridades.”
Novo Saci
Agora, o Saci será interpretado por uma estudante de Direito de 33 anos, segundo o clube.
“Sou torcedora fanática. Sempre saio sem voz do estádio e com os braços doendo de tanto torcer. Mas, ser o Saci é mais do que ser eu. É representar a torcida toda!”, ressaltou a estudante.
Em 2022, ela já havia participado de uma ação promovida pelo clube e considerou a volta como uma nova oportunidade de mostrar às mulheres que elas podem assumir os mais variados postos, até mesmo o de um mascote, vaga que, tradicionalmente, sempre foi representada por uma figura masculina.