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Tecnologia Conselheira da Meta pede demissão após empresa “fechar os olhos” para conteúdo prejudicial no Instagram

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Psicóloga alega que empresa não removeu imagens de automutilação das suas plataformas, deixando usuários vulneráveis ​​a conteúdos nocivos. (Foto: Reprodução)

Uma psicóloga que fazia parte de um grupo global de especialistas da Meta, responsável por assessorar a empresa na área de prevenção ao suicídio, pediu demissão alegando que a gigante da tecnologia “fecha os olhos” para conteúdos prejudiciais no Instagram, segundo o jornal The Guardian.

Lotte Rubæk, que fazia parte do grupo há mais de três anos, disse ao jornal dominical Observer, do Guardian, que a Meta ignorou os conselhos de especialistas e colocou o lucro à frente das pessoas.

A psicóloga dinamarquesa alegou que a Meta não se preocupa com o bem-estar dos usuários. Segundo ela, a plataforma não removeu imagens de automutilação das suas plataformas e deixa os usuários, especialmente mulheres, vulneráveis ​​a conteúdos nocivos, contribuindo para o aumento do número de suicídios.

“Não posso mais fazer parte do painel de especialistas da área de SSI (suícidio e automutilação, na tradução livre) da Meta, pois não acredito mais que a nossa voz tenha um impacto realmente positivo na segurança de crianças e jovens nas suas plataformas”, escreveu Lotte, em sua carta de demissão.

Na entrevista ao Observer, a psicóloga disse que, “na superfície”, parece que a Meta se importa, em parte porque a gigante da tecnologia mantém grupos de especialistas como aquela do qual ela fazia parte, “mas, nos bastidores, há uma outra agenda que tem mais prioridade para eles”.

Essa agenda, continuou Lotte na entrevista, é buscar “manter a interação entre seus usuários e ganhar dinheiro ao mantê-los grudados nas telas, coletando dados deles, vendendo esses dados e daí por diante”.

Em resposta, a Meta informou ao Guardian que “suicídio e automutilação são questões complexas e nós as levamos extremamente a sério”. “Consultamos especialistas em segurança, incluindo aqueles do nosso grupo consultivo sobre suicídio e automutilação, durante muitos anos e o seu feedback ajudou-nos a continuar a fazer progressos significativos neste espaço”, diz a nota.

“Recentemente, anunciamos que ocultaremos conteúdo que discuta suicídio e automutilação de adolescentes, mesmo que compartilhado por alguém que eles seguem, uma das muitas atualizações que fizemos após discussão cuidadosa com nossos conselheiros”, conclui a empresa, em nota.

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