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Política Grupos de esquerda fazem atos esvaziados no Brasil e no exterior em defesa da democracia

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O Dia de Mobilização Nacional de Luta pela Democracia tinham hora e local de concentração para pelo menos 19 cidades.

Foto: Reprodução
O Dia de Mobilização Nacional de Luta pela Democracia tinham hora e local de concentração para pelo menos 19 cidades. (Foto: Reprodução)

Grupos de esquerda e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram às ruas de cidades brasileiras e do exterior, neste sábado (23). Convocados por entidades após o ex-presidente Jair Bolsonaro reunir uma multidão na Avenida Paulista no mês passado, os atos foram marcados pelo esvaziamento.

As convocações compartilhadas pela militância petista para o que chamaram de Dia de Mobilização Nacional de Luta pela Democracia tinham hora e local de concentração para pelo menos 19 cidades. Entre elas, Barcelona, na Espanha, e Lisboa, Portugal. No Brasil, em algumas capitais houve reunião de dezenas de pessoas.

No Rio de Janeiro, o ato foi cancelado sob a alegação de mau tempo. A principal manifestação foi realizada em Salvador, com a participação da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Mesmo na capital baiana o ato foi esvaziado. O deputado estadual Rosemberg (BA), o presidente do PT baiano, Eden Valadares, e o vice-governador do Estado, Geraldo Junior (MDB), também estiveram presentes.

Segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), o ato em Salvador reuniu 1,7 mil pessoas às 16h30, considerado o horário de pico do evento. O grupo, que usa drones para fazer a contagem de público, chegou a esse número tirando 33 fotos aéreas em diferentes horários. No ato convocado por Bolsonaro mês passado, também monitorado pelo grupo, a estimativa é que 185 mil pessoas estiveram presentes.

A cúpula do governo Lula buscou, desde o início das mobilizações, se distanciar da organização dos atos. O presidente da República não compareceu a nenhuma delas. Os ministros também não foram escalados. Mas o PT oficialmente convocou apoiadores à adesão.

Em nota oficial publicada no site do partido e enviada aos diretórios estaduais e municipais da sigla, o PT pediu para que filiados e apoiadores fossem às ruas defender as pautas da “defesa da democracia” e a “punição daqueles que atentaram contra o Estado Democrático de Direito”, sem citar o nome de Bolsonaro.

A pauta dos atos era difusa, com faixas, discursos e publicações nas redes sociais pela “memória dos 60 anos do golpe militar”, “contra o genocídio na Palestina” e em defesa da “prisão de Bolsonaro”.

Também houve registros de atos em cidades como Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Campo Grande, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife. Com a presença de deputados petistas, como Maria do Rosário (PT-RS) e o vice-líder do governo no Congresso, deputado federal Bohn Gass (PT-RS), na capital do Rio Grande do Sul, e Rogério Correia, na capital mineira.

À frente da organização desses atos estavam movimentos de esquerda como Frente Povo Sem Medo (FPSM), Frente Brasil Popular e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), além de lideranças de partidos como o PSOL e o PCdoB.

 

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