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Tecnologia Pen drive é coisa do passado? Líder da Kingston no Brasil admite queda nas vendas, mas aposta em “pentabyte”

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Kingston aposta no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias no setor, como os SSDs. (Foto: Divulgação/Kingston)

Com três mil funcionários no mundo e um faturamento global de US$ 16,4 bilhões, de acordo com a Forbes, a Kingston vem tentando se reinventar após a era dos pen drives.

Para se manter relevante no disputado mundo da tecnologia, a companhia mira agora no desenvolvimento de novas categorias de armazenamento de dados para o consumidor final, com os SSDs portáteis (tipo de memória mais moderna, que pode ser embarcada em computadores e eletroeletrônicos em geral ou vendida como acessório externo e portátil substituindo os pen drives), e em linhas de cartões de memória para consoles de videogames, drones e para indústrias, por exemplo.

Paulo Vizaco, country manager da empresa no Brasil, detalha os planos de crescimento para os próximos anos, apesar de os pen drives ainda venderem cerca de um milhão de unidades por ano no país: “São mercados novos para todo mundo. Não somos só pen drive”.

1. A Kingston sempre foi associada a pen drives. Esse tipo de produto ainda é relevante? Em 2023, despachamos para o Brasil mais de um milhão de pen drives. É uma retração de 5% (em relação ao ano passado). A gente tem muita venda em papelarias, principalmente na volta às aulas. O pen drive faz parte da lista do material escolar já há algum tempo. Uma coisa que às vezes me surpreende são as vendas on-line. Então, é um produto bastante vendido ainda hoje em dia. Obviamente que os volumes diminuíram significativamente em relação a dois ou três anos atrás com o advento principalmente da nuvem (cloud). Esse novo jeito de gerenciar dados diminuiu muito o uso do produto. Antes, o pen drive tinha 1 gigabyte (GB) a 4 GB (de memória), o que levava o cliente a comprar várias unidades. Hoje, as linhas têm mais espaço e começam em 64 GB, por exemplo. Então, o comportamento mudou.

2. E tem espaço ainda para inovar com os pen drives? Temos os USBs de criptografia. É uma linha que a gente também vem desenvolvendo e que envolve segurança para proteger os dados. Tem modelos com tela sensível ao toque que exigem uso de uma senha de forma a liberar o acesso para a porta USB. Mas, depois de dez tentativas, as informações são apagadas por segurança.

3. Mas, com a queda do segmento, como a empresa hoje busca novos mercados? Obviamente, a gente sempre foi muito conhecido por causa dos pen drives. Não somos só pen drive. Temos feito um trabalho em outras linhas, principalmente, no Brasil. Somos líderes globais em fabricação de soluções de memória RAM (para computadores) e de SSDs. Há ainda os cartões de memória, que eram usados em celulares.

4. Mas esses cartões de memória também têm mercado reduzido hoje, não? Dentro dos cartões de memória, já não olhamos para os cartões de memória para celulares, que foram um grande negócio no passado. Hoje estamos focados no desenvolvimento de cartões para câmeras de segurança. Hoje, muita gente está instalando esses produtos em casa. E, para isso, precisa de cartão de memória. Tem ainda cartões para drones e até para ônibus. Desenvolvemos produtos (cartões de de memória) industriais que são capazes de aguentar temperaturas de até 90°C. São mercados novos para todo mundo.

5. Qual é a importância dessas áreas dentro da empresa? Hoje, os cartões de memória estão na categoria flash (onde estão os pen drives), que responde por 16% do negócio. A memória RAM é 38%, e SSDs são 46%. Em 2023, são mais de três milhões de unidades de SSDs embarcadas para o Brasil, um crescimento superior a 40%.

6. O senhor citou o SSD, mas qual é o desafio de vender esse produto? O SSD externo substitui o antigo pen drive no uso pessoal. E já começamos a ver que quem usava produtos com 120 GB ou 240 GB (de memória) está migrando para volumes maiores, de 1 terabyte (TB, que corresponde a 1 mil GB) a 2TB. Acabamos de lançar uma linha com 4 TB para o consumidor final. Há um esforço em dar conhecimento a essas novas tecnologias e produtos. O SSD começou a crescer há cerca de quatro anos, embora a gente já venha trabalhando com essa tecnologia há uma década. Temos ainda SSDs para data centers e empresas com 8 TB. A tecnologia vai sempre evoluindo. Antes falávamos em MB e hoje já é TB. Daqui a pouco já estaremos falando e usando petabyte (1 petabyte é 1 mil TB) no dia a dia. É uma evolução natural. Fazemos dezenas de fotos e vídeos hoje em dia que a gente precisa armazenar. Não há um limite. A evolução vai continuar.

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https://www.osul.com.br/pen-drive-e-coisa-do-passado-lider-da-kingston-no-brasil-admite-queda-nas-vendas-mas-aposta-em-pentabyte/ Pen drive é coisa do passado? Líder da Kingston no Brasil admite queda nas vendas, mas aposta em “pentabyte” 2024-03-24
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