Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2024
Daniel Alves se pronunciou pela primeira vez nas redes sociais após deixar a prisão em liberdade provisória. Em sua conta oficial no Instagram, o ex-jogador condenado por agressão sexual negou que tenha dado qualquer entrevista.
“Não é verdade que concedi qualquer entrevista a qualquer meio de comunicação, nem vou conceder enquanto o processo judicial não estiver resolvido”, disse o brasileiro em uma publicação com fundo desfocado.
O posicionamento de Daniel Alves foi no dia seguinte que o jornal El Periodico divulgou uma reportagem com declarações do brasileiro.
Segundo o veículo, a suposta entrevista foi dada em um restaurante de Barcelona, enquanto Daniel Alves almoçava com um amigo. O brasileiro também teria dito ao jornal que está “tranquilo” e que não tem mais muito o que a fazer a não ser comparecer à Justiça às sextas-feiras.
Condenação
O jogador foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo estupro de uma mulher no banheiro de uma casa noturna. O crime ocorreu em Barcelona, na Espanha, no dia 31 de dezembro de 2022, e o ex-atleta da seleção brasileira já estava preso preventivamente há mais de um ano.
“A vítima não consentiu e há evidências suficientes, além do depoimento da denunciante, que permitem que o estupro seja considerado comprovado”, declarou o tribunal. A Corte destacou ainda que “para a existência de agressão sexual não é necessário que ocorram lesões físicas, nem que haja provas de oposição heroica por parte da vítima”.
A sentença também inclui cinco anos de liberdade supervisionada e nove anos de afastamento da vítima, a quem Daniel Alves terá que indenizar com o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil). O jogador também deverá arcar com as custas do processo.
A sentença foi proferida duas semanas após o fim do julgamento.
R$ 5,4 milhões
Ele deixou o Centro Penitenciário Brians 2 no dia 25 de março, com o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões). Em entrevista ao programa de rádio El món a RAC1, a advogada da vítima, Ester García, criticou a possibilidade de liberdade condicional autorizada pela justiça espanhola, classificando-a como “escândalo”. Ela disse que “parece que está sendo feita justiça para os ricos” e afirmou que irá recorrer.