Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2024
Os astrônomos estão entusiasmados. Desde o último sábado (6) e até o mês de setembro, é esperada a enorme explosão de uma estrela localizada a 3.000 anos-luz da Terra, um fenômeno cósmico raro que pode ser observado no céu durante a noite. Será pelo menos a terceira vez que a humanidade poderá testemunhar este fenômeno, descoberto pelo astrônomo irlandês John Birmingham em 1866, e que voltou a ocorrer em 1946.
O evento ocorre em um sistema estelar binário, T Coronae Borealis, pertencente à constelação Corona Borealis, que geralmente é muito fraco para ser visível a olho nu. Mas aproximadamente a cada 80 anos, a interação entre estas duas estrelas desencadeia uma explosão nuclear que revive a sua luminosidade.
A luz da explosão viaja pelo cosmos, dando a impressão por alguns dias de que uma nova estrela, tão brilhante quanto a Estrela do Norte, segundo a Nasa, acaba de aparecer em nosso céu noturno. Em declarações à AFP, Sumner Starrfield, astrônomo da Universidade Estadual do Arizona, disse estar muito entusiasmado com a perspectiva de testemunhar o espetáculo.
O cientista trabalha no fenômeno “T Coronae Borealis” desde a década de 1960. Nos últimos dias, ele tem estado ocupado dando os retoques finais em um artigo científico no qual prevê o que os astrônomos poderão descobrir ao observar a nova, o que poderá ocorrer a qualquer momento nos próximos cinco meses. “Pode acontecer hoje. Mas espero que não!”, diz ele com um sorriso.
Eclipse solar
Em outra frente, um eclipse solar total poderá ser visto em 3 estados do México, 15 dos Estados Unidos e 4 Canadá nesta segunda-feira (8). O fenômeno, que poderá ficar visível por 4 minutos e 28 segundos em alguns locais, iniciará na costa do Oceano Pacífico, no México, a partir das 15h07, no horário de Brasília, e terminará na costa Leste do Canadá, já por volta de 16h46.
Mas, o fenômeno não será visível no Brasil mas poderá ser acompanhado através das redes sociais e canais oficiais da Nasa, a agência espacial norte-americana.
De acordo com a agência, após passar pelo México, o eclipse poderá ser visto no Texas, nos Estados Unidos, seguido por Oklahoma, Arkansas, Missouri e em direção ao Canadá
– O que é eclipse solar? O eclipse acontece quando as posições entre a Terra, Sol e Lua ficam alinhadas em alguns momentos específicos, explica Leandro Donizete Moraes, doutor em física e criador do canal Astronomia Observacional. O eclipse solar ocorre quando a Lua passa na frente do Sol, quando o Sol é observado da Terra. Nesse momento, o Sol é encoberto aparentemente pela Lua.
“A Terra possui uma inclinação em sua órbita em torno do Sol e a Lua possui uma inclinação em sua órbita em torno da Terra. Sendo assim, quando os três astros estão alinhados haverá o bloqueio total ou parcial da luz do Sol”, explica Moraes.
Quando observado da superfície terrestre, na medida em que a Lua começa a se alinhar com a Terra e o Sol, ela começa a encobrir o Sol. Quando encobre parcialmente, temos o eclipse parcial do Sol.
Em momentos muito raros, a Lua está com um tamanho aparente igual ao do Sol e consegue encobrir totalmente o Sol, criando um eclipse total. As informações são da agência de notícias AFP.