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Polícia Mais de 20 criminosos são presos por tráfico de drogas, agiotagem e extorsão na Região Metropolitana de Porto Alegre

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Durante a Operação Paranhos, 250 policiais cumpriram 102 ordens judiciais

Durante a Operação Paranhos, 250 policiais cumpriram 102 ordens judiciais. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (9), a Operação Paranhos com o objetivo de desarticular uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas, agiotagem e extorsão na Região Metropolitana de Porto Alegre. Vinte e dois bandidos foram presos.

Ao todo, 250 policiais cumpriram 102 ordens judiciais, sendo 28 mandados de prisão preventiva, 44 de busca e apreensão e 30 bloqueios de ativos financeiros, nos municípios de Canoas, Portão, São Sepé, Estância Velha, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Viamão. A ação contou com o apoio da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) para cumprimento de mandados em três presídios gaúchos.

Segundo o delegado Marco Guns, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, a investigação durou oito meses. Os agentes analisaram mais de 70 mil documentos, entre comprovantes bancários, fotos, vídeos, áudios e demais dados telemáticos, confirmando, assim, a existência de 30 criminosos associados para a prática de tráfico de drogas, principalmente no bairro Rio Branco, em Canoas.

Conforme o delegado, a facção movimentou, entre março e julho de 2023, aproximadamente R$ 3 milhões com a aquisição e venda de mais de 100 quilos de drogas.

“Entre as provas produzidas pela investigação, há comprovação de que membros do grupo criminoso apoiavam financeiramente agiotas atuantes na cidade de Canoas, confirmando que pessoas endividadas após a pandemia, principalmente, recorriam, a maioria sem saber, indiretamente a traficantes de drogas para crédito, motivo pelos quais os atrasos eram cobrados violentamente”, informou a polícia.

“As investigações demonstram e reforçam que a junção entre traficantes e agiotas é uma fórmula que traz, além da violência habitual e juros exorbitantes, com formação de dívidas impagáveis, um método que assola as vítimas de forma constante: a violência psicológica extrema, levada a efeito por pessoas ligadas ao tráfico, que prestam serviço de cobrança das dívidas, com emprego de armamento pesado e crueldade na prática de ameaças”, disse o diretor da Delegacia Regional de Canoas, delegado Cristiano Reschke.

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