Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2024
"É hora de recuar do abismo", afirmou o português António Guterres
Foto: Reprodução de vídeoO secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, afirmou que a população do Oriente Médio enfrenta o perigo real de um conflito devastador em grande escala. Ele pediu a máxima contenção na escalada da violência na região e disse que “é hora de recuar do abismo”.
Em reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU no domingo
(14), convocada por Israel para abordar o ataque iraniano realizado contra o país no sábado (13), Guterres alertou que os civis já estão “pagando o preço mais elevado”.
“É hora de recuar do abismo. É vital evitar qualquer ação que possa conduzir a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio”, afirmou o português. O líder das Nações Unidas reforçou que a paz e a segurança regionais estão sendo minadas e que nem a região nem o mundo podem permitir mais guerras.
O apelo de Guterres foi dirigido tanto ao Irã, que justificou o ataque de sábado como um ato de retaliação pelo bombardeio da sua embaixada na Síria no início deste mês, quanto a Israel, que disse ter direito de resposta a ataques iranianos.
Em seu pronunciamento, por três vezes Guterres insistiu na “responsabilidade
comum” que a comunidade internacional tem para evitar uma escalada do conflito entre Irã e Israel, alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, garantir a libertação dos reféns detidos pelo grupo terrorista Hamas e prevenir uma deterioração da situação na Cisjordânia.
Para a reunião de emergência do Conselho de Segurança, foram convidados os representantes do Irã, Israel e Síria. Ao convocar o encontro, o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, disse que o Irã representa grave perigo
para a segurança de todo o mundo e que este é o momento para deter as “perigosas ambições” iranianas.
O diplomata pediu ainda que o Conselho condene veementemente o ataque e avance com medidas contra o Irã, incluindo a designação do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica como organização terrorista e sanções.