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Política Governo federal cria grupo de trabalho para monitorar preço do petróleo diante de conflito no Oriente Médio

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O ataque aumenta o risco de a guerra entre Israel e o Hamas escalar para todo o Oriente Médio.

Foto: Freepik
O País ocupava a 4ª colocação na pesquisa de março. Em abril, caiu cinco posições, para o 9º lugar. (Foto: Freepik)

O Ministério de Minas e Energia criou, nesta segunda-feira (15), um grupo de trabalho para monitorar o preço do petróleo diante do conflito no Oriente Médio envolvendo Israel e Irã. A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, em entrevista a jornalistas.

“É importante que estejamos atentos. O ministério está debruçado [sobre o assunto], hoje mesmo já fiz uma reunião cedo com a Secretaria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis a fim de que a gente possa, no grupo que acabei de criar de monitoramento permanente da oscilação do preço do Brent [petróleo], a gente possa estar atento e agindo de pronto com os mecanismos que temos”, declarou.

A tensão na região se intensificou no fim de semana, depois que o Irã entrou diretamente no conflito com Israel e enviou drones e mísseis para atacar o território. O ataque aumenta o risco de a guerra entre Israel e o Hamas escalar para todo o Oriente Médio.

A região responde por grande parcela da produção mundial de petróleo. E um conflito generalizado pode aumentar o preço da commodity, que influencia o valor dos combustíveis no Brasil, como gasolina e óleo diesel.

Silveira disse que não falou com a estatal sobre o conflito e que qualquer medida tomada vai respeitar a governança da companhia.

“Ainda não conversei com a Petrobras. O ministério tem papel muito distinto da Petrobras. […] Primeiro, fizemos essa reunião para poder avaliar a crise internacional, chegamos a essa conclusão de montar esse grupo de trabalho”, declarou.

De acordo com Silveira, a pasta deve manter diálogo com a estatal e com outras empresas do setor de petróleo ao longo do dia.

O ministro também comentou a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas da companhia, quando questionado se o conflito poderia mudar a expectativa de pagamento. “São coisas completamente distintas. Esse assunto não está na mesa”, disse.

A Petrobras passa por um momento turbulento desde o último mês com a retenção de dividendos aos acionistas e perda de valor de mercado, a quase demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates e e, na última semana, o afastamento de dois conselheiros de administração representantes da União.

O desembargador federal Marcelo Saraiva aceitou nesta segunda um recurso do governo e devolveu o mandato de conselheiro de administração da Petrobras a Sergio Rezende, cuja nomeação havia sido suspensa na última semana.

Na decisão, o desembargador afirma que manter a suspensão representaria “perigo de dano ou risco” ao resultado do processo. A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal ainda deve analisar o caso para uma decisão definitiva.

Agora, o conflito internacional pode pressionar a companhia para segurar reajustes nos preços dos combustíveis, colocando a empresa de economia mista mais uma vez no meio de interesses privados e da União.

 

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