Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 16 de abril de 2024
Uso sustentável do patrimônio mineral estará em debate
Foto: ReproduçãoEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Um evento em Porto Alegre reúne nesta quinta-feira (18) especialistas na indústria do carbono e mineração para debater sobre o uso sustentável do patrimônio mineral.
O Brasil firmou um compromisso internacional para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. Uma meta que transformará modelos econômicos de geração de energia, mineração, atividades agrícolas e industriais. Para o Rio Grande do Sul, detentor de 89% das reservas de carvão do Brasil e de um parque termelétrico de 695 MW na região de Candiota, a nova realidade é um grande desafio.
Em novembro de 2023, o governo gaúcho lançou um edital visando a contratação de serviços de assessoria técnica para a elaboração do Programa de Transição Energética Justa, que deve ter como base a evolução tecnológica da indústria carbonífera e a viabilidade ambiental, econômica e social.
Para debater o assunto, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS/COMIN) e a Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS) realizam em Porto Alegre o 1º Diálogo da Transição Energética Justa no Rio Grande do Sul e do aproveitamento do Patrimônio Mineral Gaúcho.
O encontro será realizado no Instituto Caldeira (Travessa São José, 455, bairro Navegantes) e reunirá autoridades, executivos, técnicos e outros representantes do setor, especialistas e pesquisadores e imprensa.
Processo de mudança do modelo
O primeiro painel irá propor um diálogo sobre o como deve ser o processo de mudança do modelo econômico para um mundo de baixo carbono, com segurança energética e alimentar, preservando a economia e os empregos das regiões carboníferas e alavancando a indústria mineral no Rio Grande do Sul. O debate será com o presidente do IBRAM, Raul Jungmann, e o presidente da ABCS, Fernando Luiz Zancan, e tem como convidado o deputado federal José Carlos Aleluia. O parlamentar tem uma trajetória de mais de 40 anos no setor energético, foi o relator da Lei de Crimes Ambientais e o autor da emenda que criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Para a segunda metade do evento, que terá como tema Minerais Estratégicos e Tecnologias de Baixo Carbono, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul e o Serviço Geológico do Brasil (SGB) já confirmaram presença. Da mesa, também participa Joel de Sant’Anna Braga Filho, Secretário de Indústria de Comércio de Goiás, que apresentará o Plano Estadual de Mineração do Estado. Em pauta, estará a sustentabilidade mineral para a transição energética e a garantia da segurança alimentar via produção de fertilizantes.
Ao final de cada painel, os jornalistas poderão integrar o debate, e o microfone ficará aberto para perguntas e contribuições. Durante o evento, a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina e o Instituto Caldeira assinarão um convênio de cooperação para impulsionar o empreendedorismo. Através da criação de uma rede de ecossistemas, será possível promover o desenvolvimento de novos negócios nas regiões mineiras, com foco em programas e ações voltados para uma transição energética justa e inclusiva.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.