Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 27 de abril de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O senador gaúcho Ireneu Orth (PP-RS) defendeu a abertura dos processos de impeachment contra ministros do STF que estão paralisados na Casa. Segundo ele, “as decisões do STF demonstram interferência nos Poderes Legislativo e do Executivo”, mencionando ainda aos “que configuram censura prévia e ameaçam a liberdade de expressão garantida pela Constituição. Orth falou da tribuna do Senado:
“Apesar da gravidade das acusações, esses requerimentos [de impeachment] ainda não tiveram o devido encaminhamento. Que o Senado Federal tome medidas assertivas para investigar e, se necessário, e necessário, agir conforme o mérito dos pedidos de impeachment que se encontram sob nossa responsabilidade, certamente engavetados em alguma das gavetas do Senado. A população brasileira merece uma resposta que reafirme o compromisso de nossas instituições com a justiça e a democracia”.
Senador Mourão denuncia “falta de isenção” do ministro Zanin, do STF
Ontem, no seu perfil do X (antigo Twitter), o senador Hamilton Mourão criticou a decisão do ministro Zanin, do STF, afirmando que “o governo Lula fere a democracia e o equilíbrio entre os poderes ao judicializar questões políticas para impor sua vontade.
Pior que isso, mostra absoluto descaso com a manutenção de empregos e a sobrevivência dos pequenos e médios municípios. Não cabe um 3º turno de discussão sobre a temática da desoneração da folha de pagamento!” Segundo o senador, “a decisão monocrática do ministro Zanin demonstra claramente sua falta de isenção e sua opção por desrespeitar o Parlamento brasileiro.”
Recado perigoso pode ser tiro no pé
O “recado” dado pelo governo, retaliando o deputado Kaká D’Avila (PSDB) ao demitir ocupantes de cargos de confiança indicados por ele, por abrir seu voto contra o projeto de aumento do ICMS, repercutiu negativamente entre colegas da base, e mesmo da oposição. A primeira lembrança que ocorre aos deputados, é o fato da CPI da CEEE Equatorial, que pode trazer um debate politico desgastante para o governo, depender de apenas uma assinatura para ser instalada.
Continua a limpeza na folha corrida de caciques
A Procuradoria da República pediu que o ministro Edson Fachin arquive inquérito aberto na Operação Lava-Jato, em 2017, para apurar o pagamento de propinas da Odebrecht para Renan Calheiros e Romero Jucá.
Beth Colombo é “coringa” na política de Canoas
Ao deixar se fora do seu primeiro escalão a ex-secretária da Educação Beth Colombo (Republicanos), o prefeito de Canoas Jairo Jorge sinalizou que ela, tida como sua “coringa”, será guardada como alternativa para a candidatura de vice-prefeita. Jairo aprendeu a lição sobre a importância de escolher um vice de confiança, depois dos percalços que vem tendo com o atual vice-prefeito, Nedy de Vargas.
Reunião de ex-governadores
Sete ex-governadores estiveram ontem com Alceu Collares (PDT),que governou o estado (eleito em 1990). O encontro, organizado por Jair Soares, aconteceu na residência de Collares e contou com José Ivo Sartori (MDB), Germano Rigotto (MDB), Yeda Crusius (PSDB), Olívio Dutra (PT), Tarso Genro (PT), e Pedro Simon (MDB). Ausentes apenas Antonio Brito que reside em São Paulo, e Eduardo Leite, que embora esteja no governo, poderia ingressar no “sindicato” como ex-governador, eleito para o primeiro mandato em 2018.
Governo do Rio de Janeiro vai ao STF contra Regime de Recuperação Fiscal
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ingressou nesta sexta-feira (26) com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para discutir todo o estoque da dívida do estado com a União, calculada atualmente em R$ 156,8 bilhões. Castro pediu uma liminar para suspender o pagamento até a repactuação do débito. O estado paga parcelas de cerca de R$ 800 milhões por mês ao governo federal e questiona:
“Temos a tese de que a União não tem capacidade jurídica de cobrança de juros. Ela não é uma instituição financeira, podendo só cobrar mora.”
Tragédia em Porto Alegre e repercussões políticas
Algumas versões tendenciosas plantadas no noticiário tentam a todo custo colar na gestão do prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo a tragédia ocorrida ontem em Porto Alegre, onde 10 pessoas morreram no incêndio que destruiu uma pensão na avenida Farrapos. A pensão abrigavas pessoas pobres, beneficiadas pelo programa “Aluguel Social” da prefeitura. Alguns setores da política – e todos sabem quem são – conseguem festejar e trazer para o debate político, cadáveres que possam associar a adversários. Porém, o foco da questão está no alvará dos Bombeiros, o PPCI. No caso da Boate Kiss (2013), mencionado nos noticiários, o alvará vencido estava em processo de renovação. No caso do incêndio na sede Secretaria da Segurança Pública do estado (2021), não havia o alvará dos Bombeiros, tal como ontem na Pousada Garoa, da avenida Farrapos. A perícia técnica, ao final, dirá quais foram as causas do incêndio.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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