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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Diferentemente do que vemos publicado na mídia, quem cria inflação não são os “trabalhadores ávidos por consumo” ou as “empresas ávidas por lucros”. O responsável por criar inflação é o dono da impressora: o governo federal. O governo emite moeda, que é em seguida distribuída e ampliada pelos agentes financeiros no mercado. Com alguma defasagem, após o crescimento da base monetária, o aumento de preços vem logo atrás.

Segundo o Banco Central (BC), ao final da gestão Bolsonaro/Guedes (dez/22), a base monetária ampliada brasileira apresentou variação anual de 6% (a média desta gestão foi de 8,1% a.a.). Com Lula/Haddad, este valor explodiu, chegando a 14% a.a. na última leitura disponível (fev/24).

Como é possível um aumento tão expressivo se a economia não cresce e os bancos privados estão receosos com o aumento da inadimplência? Como é possível que a leitura mais recente do IPCA tenha vindo dentro da meta de inflação, abaixo das expectativas do mercado?

Resposta: bancos e empresas estatais.

O atual governo em Brasília brada com orgulho que está fazendo “justiça social” ao (tentar) dividir a conta de sua gastança com investidores “minoritários” de Petrobras, Banco do Brasil e demais estatais. Contam os dias para a saída de Campos Neto do BC para diminuir artificialmente a taxa de juros do país, “congelando” o preço do dinheiro no tempo.

As consequências serão distorções ainda maiores dos demais preços de mercado, afugentando investimentos e postos de trabalho para países que tenham governos menos “espertos” que o nosso.

O congelamento nas estatais (o preço da gasolina praticado pela Petrobras está com defasagem superior a 15%) “maquia” os índices de preço no curto prazo. Mas isso só trará uma ressaca ainda pior quando os preços inevitavelmente tiverem de ser relaxados. Já vimos esse filme antes no governo Dilma, e – mesmo conhecendo nosso passado – parecemos fadados a repeti-lo.

Como diria o sábio Milton Friedman, congelar preços é o mesmo que colocar um tijolo sobre o bico de uma panela de pressão… sem baixar o fogo! Com o atual nível de gastos do governo federal, as impressoras de Brasília farão hora extra. Preparem-se para o IPC-Boom!

(Felipe Hauck, empreendedor e associado do Instituto de Estudos Empresariais – IEE)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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