Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2024
Ao lado de ministros e autoridades, presidente anunciou novas medidas de enfrentamento à tragédia que atinge o Estado.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar nessa quinta-feira (9) sobre o compromisso do governo federal em disponibilizar todo recurso necessário para o enfrentamento da crise vivida pelo Rio Grande do Sul após a enchente histórica que atingiu o Estado.
“Eu já disse três vezes: não faltará esforço desse governo. Vamos tentar ‘cavucar’ dinheiro onde tiver dinheiro”, disse durante anúncio de medidas para a região.
“Se a gente ficar ‘cavucando’, a gente vai encontrar os recursos necessários para a gente devolver a dignidade ao povo gaúcho”, acrescentou, citando recursos anunciados por diferentes autoridades durante o evento.
Depois do anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre novas ações do governo federal — incluindo antecipação de benefícios sociais e aporte para fundos —, outras autoridades, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também discursaram.
“O que vocês viram anunciar aqui foram as primeiras medidas de crédito. Isso não termina aqui. Eu tenho dito aos ministros que nós temos que nos preparar, porque a gente vai ter o tamanho da grandeza dos problemas quando a água baixar e quando os rios voltarem à normalidade”, avaliou Lula.
As medidas do Executivo federal buscam socorrer o Estado depois de fortes temporais que afetaram 425 municípios, segundo informações das autoridades estaduais. De acordo com o balanço mais recente do governo gaúcho, 107 pessoas morreram.
A nova Medida Provisória anunciada pelo governo inclui um pacote de 12 medidas que somam R$ 50,9 bilhões para atender as demandas do Rio Grande do Sul. Segundo a Fazenda, as medidas terão impacto primário de R$ 7,7 bilhões.
“A gente vai anunciar na segunda-feira, possivelmente, o acordo com o estado do Rio Grande do Sul da dívida”, disse também Lula. “Haddad, pode se preparar porque você vai ter que fazer uma boa negociação com o governador, porque eles têm que consertar o estado”, completou Lula.
A Fazenda ofereceu ao Rio Grande do Sul a suspensão do pagamento até o fim do estado de calamidade na região, previsto, por ora, para durar até 31 de dezembro de 2024. O governador gaúcho Eduardo Leite, porém, quer que a suspensão siga “pelo período que durar” a reconstrução do Estado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que mantém contato com Leite e que ainda estão discutindo “pequenos detalhes formais”, que não têm relação com o volume de recursos, mas com a melhor organização de atendimento ao estado, levando em consideração todas as variáveis. “Mas não há discussão em torno do que o presidente deve anunciar em termos concretos”, explicou ele.
Os detalhes sobre como a renegociação da dívida do Estado será feita serão anunciados na próxima segunda-feira (13).