Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2024
Ação foi realizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura e pelo Grupo de Resgate de Animais em Desastres
Foto: Jürgen Mayrhofer/Ascom SSPS)O governo do Rio Grande do Sul está na linha de frente das operações de resgate de animais domésticos em meio às enchentes no Estado. Uma equipe da Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) tem prestado apoio logístico, estrutural e de pessoal ao Grad (Grupo de Resgate de Animais em Desastres), organização não governamental dedicada ao salvamento dos animais.
Desde a semana passada, a força-tarefa já resgatou mais de 500 pets, como cães e gatos, e também alguns animais silvestres, como aves e até guaxinins. Somando aos salvamentos efetuados pelas forças de segurança do Estado, mais de 10 mil animais foram encontrados com vida. Antes de partir para Eldorado do Sul, um dos epicentros da tragédia climática, a equipe já passou por São Sebastião do Caí, Canoas e Esteio, cidades onde há acesso terrestre.
“É fundamental reconhecer o empenho de todos os agentes envolvidos nos resgates, que formam uma rede integrada e organizada. Estas ações são essenciais para o salvamento das vidas dos animais”, avalia a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.
Com auxílio de botes, os agentes buscam por animais dados como perdidos pelos moradores. Após o resgate, eles são transportados em segurança para o QG de salvamentos, onde passam por uma triagem veterinária. Os animais que estão em bom estado de saúde e sem tutor identificado são direcionados para abrigos públicos ou para espaços do Grad. Caso estejam com hipotermia ou lesões, eles são encaminhados para a clínica veterinária mais próxima.
A assessora especial de políticas públicas para animais da Sema, Amanda Munari, explica que os tutores que ainda não encontraram seus animais devem entrar em contato com a Defesa Civil do respectivo município e se deslocar para os abrigos para identificação do pet. Em breve, a Sema publicará uma lista completa dos abrigos que estão recebendo os animais sobreviventes.
“Pretendemos integrar o quanto antes o trabalho que envolve a Sema com os salvamentos das forças de segurança. Criando esse canal de comunicação entre as frentes, o processo de triagem e identificação dos animais será mais eficaz, acelerando o retorno dos animais aos seus tutores”, explica Amanda.
Além de garantir o bem-estar animal, a atuação da Sema envolve a colaboração de diferentes segmentos da comunidade, incluindo voluntários, organizações de proteção animal e órgãos do governo. Essa colaboração fortalece os laços comunitários e promove o senso de solidariedade e união em momentos de crise. O Rio Grande do Sul também conta com parcerias do Conselho Estadual de Medicina Veterinária, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Para os próximos dias, está prevista a chegada da Força-Tarefa de Resgate Técnico de Animais do Mato Grosso do Sul, que reforçará a equipe de resgate de animais vítimas das enchentes no RS. Os oficiais trarão alimentos, cobertores e materiais de primeiros socorros para atender animais de pequeno e grande porte.